O sarampo está se alastrando pelo País. Depois de São Paulo,
Rio e Bahia, é a vez do Paraná registrar a doença. O Ministério da Saúde
contabilizou até o momento 1.226 casos da infecção entre 12 de maio e 3 de
agosto.
Do total, 1.220 estão concentrados em SP, 4 no Rio, 1 na Bahia e outro,
no Paraná. Há ainda 6.678 casos em investigação. Desde o início do ano, foram
confirmados 1.322 pacientes com a infecção, 95% dos quais nos quatro Estados
que atualmente estão em situação de surto.
Diante do avanço de casos, o Ministério da Saúde montou na
semana passada um comitê encarregado de acompanhar diariamente a situação em
todo o País, o primeiro estágio para que a decretação de estado de emergência
seja realizada.
A estratégia atual do governo é realizar vacinações de
bloqueio, em que pessoas que tiveram contato com suspeitos de ter a infecção
são imunizadas. As campanhas em São Paulo também visam vacinar adultos jovens e
reforçar a proteção entre crianças em cidades consideradas prioritárias, mesmo
menores de um ano. Neste surto, um número significativo de bebês com menos de
um ano foi infectado. O fenômeno é atribuído à baixa cobertura vacinal dos pais.
Como a mãe não tem anticorpos contra doença, a proteção não é transmitida por
meio do aleitamento. E pais, suscetíveis à doença, podem transmitir o vírus ao
bebê. A vacinação de menores de um ano não é recomendada na praxe. É uma medida
feita de forma emergencial e não deve dispensar as doses regulares da vacina,
aos 12 e 15 meses.
Apesar do avanço da infecção, a cobertura vacinal contra
sarampo é considerada baixa. No Rio, 51,23% das crianças estão imunizadas. A
cobertura em São Paulo é de 74,65%; na Bahia é de 61,69%; e no Paraná, de
89,53. *Notícias ao Minuto
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