quinta-feira, 22 de setembro de 2022

Anvisa proíbe venda de macarrão instantâneo com substância responsável pela morte de cães

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta quinta-feira (22) uma resolução que proíbe a comercialização, a distribuição e o uso das massas alimentícias da?empresa?Keishi, fabricadas entre?julho e agosto desse ano. Os lotes produzidos neste período também devem ser recolhidos.

A medida do órgão fiscalizatório é parte da investigação sobre o caso do propilenoglicol contaminado com etilenoglicol, que causou a intoxicação e a morte de cães. O propilenoglicol contaminado foi fornecido pela empresa Tecno Clean Industrial Ltda.

Uma inspeção foi realizada pela agência na planta da Keishi e foi constatado que essa empresa adquiriu e usou o insumo contaminado como ingrediente na linha de produção de suas massas.

Segundo os dados fornecidos, a empresa possui nome fantasia Keishi e é responsável pela produção e comércio de vários tipos de massas de estilo oriental, tais como udon, yakisoba, lamen, além de massas de salgados,?como gyoza. Os produtos são vendidos também na forma de massas congeladas.

A substância etilenoglicol em questão é um solvente orgânico altamente tóxico que causa insuficiência renal e hepática quando ingerido, podendo inclusive levar à morte. Não há autorização para o uso dessa substância em alimentos.

Já o propilenoglicol é um aditivo alimentar propilenoglicol autorizado para alguns alimentos. Porém, seu uso não é permitido na categoria de massas alimentícias.?

De acordo com a Anvisa, muitas indústrias utilizam o propilenoglicol nos processos de refrigeração, em que não há contato direto com o alimento. Portanto, quando o propilenoglicol é usado apenas no processo de refrigeração, não há necessariamente risco ao consumo dos produtos das empresas que tenham adquirido o insumo contaminado.

A orientação é de que empresas que tenham massas do fabricante não as comercializem e nem utilizem. Assim como os clientes também não devem utilizar. Em ambos os casos, explicou a vigilância sanitária, deve-se entrar em contato com a empresa para a devolução dos produtos.

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