O presidente Jair Bolsonaro (PSL) confirmou no fim da tarde
desta sexta-feira (5) que não haverá horário de verão em 2019. A continuidade
da medida será avaliada posteriormente.
"Após estudos técnicos que apontam para a eliminação
dos benefícios por conta de fatores como iluminação mais eficiente, evolução
das posses, aumento do consumo de energia e mudança de hábitos da população,
decidimos que não haverá Horário de Verão na temporada 2019/2020", disse
Bolsonaro no Twitter.
Minutos antes da publicação, o porta-voz Otávio do Rêgo
Barros disse que o presidente havia levado em conta para tomar a decisão uma
pesquisa do Ministério de Minas e Energia que indicou que 53% dos entrevistados
são a favor de acabar com o horário de verão.
Os jornalistas não tiveram acesso à pesquisa.
Segundo Rêgo Barros, ainda não há definição sobre se a
medida será mantida nos próximos anos.
"Para o ano posterior, faremos nova avaliação",
afirmou.
O horário de verão foi adotado pela primeira vez no país no
fim de 1931, com a finalidade de economizar energia elétrica nos meses mais
quentes do ano. Foi aplicado sem interrupção nos últimos últimos 35 anos.
Pesquisas mostram, no entanto, que a eficiência na economia
de energia vem caindo ano após ano. Um estudo divulgado pelo ONS (Operador
Nacional do Sistema Elétrico) considerou nula a economia de energia durante o
horário de verão 2017/2018.
De acordo com o relatório, a redução apresentada em análises
durante o horário de verão também foi verificada em outros períodos, antes
mesmo dos ajustes no relógio.
Segundo alguns especialistas, a queda dos índices de
economia de energia acontece pela mudança de comportamento do brasileiro. As
pessoas atualmente têm jornadas de trabalhos diferentes, saem de casa mais
tarde e utilizam mais o ar-condicionado durante o dia, quando as temperaturas
estão elevadas.
No verão 2016/2017, a economia decorrente da redução do uso
de usinas foi de R$ 159,5 milhões. No mesmo período do ano anterior
(2015/2016), foram economizados R$ 162 milhões.
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