A Polícia Civil prendeu na tarde dessa sexta-feira, 05, em
Porto Seguro, Wadson Lima de Souza, acusado de estupro, maus-tratos e graves
ameaças contra meninas que, na época dos crimes, tinham entre 10 e 17 anos.
Na
delegacia, Wadson negou a autoria dos crimes, declarando desconhecer que era
procurado pela Justiça. Os crimes, segundo investigações da polícia, ocorreram
no período de 2007 a 2013 no estabelecimento em que o homem atuava como
coordenador de um projeto social e do Grupo Space Dance.
Cansada dos abusos, em
2013, as vítimas decidiram denunciar o acusado na Delegacia da Mulher em
Ilhéus, e o inquérito contra o acusado foi concluído em agosto de 2015. Meses
depois, em janeiro de 2016, a justiça determinou a prisão de Wadson Lima, que
não foi mais encontrado no endereço informado.
Os exames confirmaram a violência sexual. As vítimas, hoje adolescentes e jovens, relataram que o homem usava um argumento de que era “Filho de Santo” para fazer ameaças não somente contra elas, mas também contra toda a família. Ele alegava ainda que os estupros faziam parte dos rituais religiosos. “Ele dizia que se a gente saísse do grupo ia acontecer alguma coisa. Que a entidade ia matar”, narra uma das vítimas.
ESTUPRADAS VÁRIAS
VEZES
A vítima, hoje adolescente, afirma que numa das vezes o
homem exigiu que ficasse sozinha com ele. “Foi aí que ele disse que tinha uma
maldição na minha família. Que todo mundo bebia e que essa maldição só iria sair
depois que eu fizesse ato sexual com ele. Eu tive que ficar nua e ele passou
uma folhas em mim. E depois houve a penetração”. Os relatos foram feitos à
jornalista Luisa Couto, da TV Santa Cruz.
Ela relata que, quando saiu do quarto da casa, outra menina
entrou e Wadson Lima cometeu o mesmo tipo de crime, sempre usando as ameaças
contra as famílias. As vítimas contam que constantemente eram espancadas pelo
acusado sob alegação que a punição era necessária para a disciplina.
Uma delas diz recordar-se dele várias vezes ter usado
sapatilha para espancá-la, pendurou na porta da casa e a abrigou a tomar chá de
romã. As vítimas decidiram relatar a história na internet depois que souberam
que o acusado está trabalhando com crianças em outra cidade. * Blog do Pimenta
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