Por risco de rompimento e inundação, a barragem de rejeitos
da mineração Grafite do Brasil, em Maiquinique, no centro-sul da Bahia, foi
interditada pela Seção de Inspeção do Trabalho da Superintendência Regional do
Trabalho na Bahia (STR-BA), nesta terça-feira (9).
A determinação foi decretada pela Agência Nacional de
Mineração (ANM), que classificou a barragem como categoria de risco alto,
tornando a represa uma das três de maior ameaça no Brasil.
As barragens de
Brumadinho e Mariana, onde aconteceram as tragédias que deixaram centenas de
mortos, em Minas Gerais, eram consideradas de risco baixo.
Agora, a estrutura
está entre as três barragens de mineração com maior risco de rompimento no
país.
Auditores-fiscais constataram a gravidade iminente de
acidente de trabalho, que pode resultar em morte ou lesão grave à integridade
física ou à saúde de cerca de 150 trabalhadores.
Segundo o relatório técnico de interdição, emitido pelos auditores, entre os problemas de segurança e saúde no trabalho está a falta de instrumentos para monitorar a barragem, a qual tem sinais de falha da estrutura.
O relatório detalha também que a mineradora Grafite do
Brasil tem conhecimento de todas as irregularidades e não adota as medidas
necessárias. A SRT ressalta que essas medidas são apontadas nas fichas de
inspeção feitas por um engenheiro empregado da própria mineradora.
A fiscalização contou ainda com as ações do Ministério
Público Federal, Ministério Público do Trabalho, Ministério Público Estadual e
Agência Nacional de Mineração. A Grafite Brasil é formada pelas empresas Samaca
Ferros Ltda e Extrativa Metalquímica S/A.
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