sexta-feira, 2 de novembro de 2018

Gordura na barriga é perigosa para todos, inclusive os magros


Que o excesso de peso faz mal, quase todas as pessoas já sabem. Mas você sabia que até quem está dentro do "peso normal" e aparentemente é magro, porém possui muita gordura na região abdominal, tem o risco de desenvolver problemas de saúde aumentado?

A gordura na barriga se acumula entre as vísceras –por isso é chamada de visceral — e órgãos vitais, prejudicando seu funcionamento, por isso deve ser uma preocupação tanto para quem está acima do peso e tem aquela famosa barriga de chope quanto para quem é "falso magro". 

Diabetes tipo 2, pressão e colesterol altos, doenças cardiovasculares, apneia do sono e síndrome metabólica são só alguns problemas que esse tipo de gordura pode trazer. Obviamente, o excesso de gordura em qualquer parte do corpo pode contribuir para doenças, mas nem toda gordura é armazenada da mesma forma. A abdominal é estocada de duas maneiras diferentes:

– A gordura subcutânea, que fica entre a pele e a parede abdominal. Ela é mais um "reservatório natural de energia (calorias)" e não ameaça tanto sua saúde, uma vez que não envolve diretamente os órgãos e os vasos sanguíneos que os mantêm saudáveis.

– A gordura visceral, que fica mais profunda ao redor de órgãos vitais, como o estômago e o fígado.

Como a gordura prejudica os órgãos

Todo mundo tem alguma quantidade de gordura visceral, mas ela é preocupante quando excede os níveis normais. Em alguns casos, a gordura pode invadir os órgãos –uma ocorrência comum no fígado, levando a esteatose hepática não alcoólica.

A gordura visceral no órgão vital afeta negativamente sua função e integridade, aumentando o poder inflamatório, prejudicando a circulação – o que impede a entrega de nutrientes e oxigênio aos órgãos — e, eventualmente, causando resistência à insulina.

A gordura visceral

O que é

Há dois compartimentos de gordura corporal: a gordura subcutânea, localizada logo abaixo da pele e superficialmente aos órgãos internos, e a gordura visceral, localizada no interior do abdome. As mulheres, apesar do maior percentual de gordura em relação aos homens, tendem a maior acúmulo de gordura na região subcutânea, enquanto os homens tendem a maior acúmulo de gordura visceral.

Como medir

A maneira mais simples para determinar se há ou não acúmulo de gordura visceral é através da medida da circunferência abdominal. Passe uma fita métrica ao redor da cintura, no meio do caminho entre a última costela e a extremidade superior do osso do quadril.

Os padrões

Segundo as diretrizes da International Diabetes Federation, os limites recomendados para a população são de até 94 centímetros para homens e de 80 centímetros para mulheres. O National Cholesterol Education Program (Ncep), dos Estados Unidos, estabelece 102 centímetros para homens e 88 centímetros para mulheres. Pessoas que ultrapassam esses valores podem ser consideradas com gordura visceral em excesso e devem procurar um médico.

Os riscos

O excesso de gordura visceral pode trazer graves consequências. Está associado a diversos problemas de saúde, como aumento do risco de diabetes tipo 2, hipertensão, doenças cardiovasculares, alterações nos níveis de triglicerídeos e colesterol, hepatite gordurosa e alguns tipos de câncer.

O que pode ser feito

Não existe tratamento específico para a redução da gordura visceral. Devem ser adotadas as mesmas medidas usadas para prevenir e controlar o excesso de peso de maneira geral: alimentação saudável, com diminuição da ingestão de calorias, e prática regular de exercícios físicos. * UOL

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