Que o excesso de peso faz mal, quase todas as pessoas já
sabem. Mas você sabia que até quem está dentro do "peso normal" e
aparentemente é magro, porém possui muita gordura na região abdominal, tem o
risco de desenvolver problemas de saúde aumentado?
A gordura na barriga se acumula entre as vísceras –por isso
é chamada de visceral — e órgãos vitais, prejudicando seu funcionamento, por
isso deve ser uma preocupação tanto para quem está acima do peso e tem aquela
famosa barriga de chope quanto para quem é "falso magro".
Diabetes
tipo 2, pressão e colesterol altos, doenças cardiovasculares, apneia do sono e
síndrome metabólica são só alguns problemas que esse tipo de gordura pode
trazer. Obviamente, o excesso de gordura em qualquer parte do corpo
pode contribuir para doenças, mas nem toda gordura é armazenada da mesma forma.
A abdominal é estocada de duas maneiras diferentes:
– A gordura subcutânea, que fica entre a pele e a parede abdominal. Ela é mais um "reservatório natural de energia (calorias)" e não ameaça tanto sua saúde, uma vez que não envolve diretamente os órgãos e os vasos sanguíneos que os mantêm saudáveis.
– A gordura visceral, que fica mais profunda ao redor de
órgãos vitais, como o estômago e o fígado.
Como a gordura
prejudica os órgãos
Todo mundo tem alguma quantidade de gordura visceral, mas
ela é preocupante quando excede os níveis normais. Em alguns casos, a gordura
pode invadir os órgãos –uma ocorrência comum no fígado, levando a esteatose
hepática não alcoólica.
A gordura visceral no órgão vital afeta negativamente sua
função e integridade, aumentando o poder inflamatório, prejudicando a
circulação – o que impede a entrega de nutrientes e oxigênio aos órgãos — e,
eventualmente, causando resistência à insulina.
A gordura visceral
O que é
Há dois compartimentos de gordura corporal: a gordura
subcutânea, localizada logo abaixo da pele e superficialmente aos órgãos
internos, e a gordura visceral, localizada no interior do abdome. As mulheres,
apesar do maior percentual de gordura em relação aos homens, tendem a maior
acúmulo de gordura na região subcutânea, enquanto os homens tendem a maior
acúmulo de gordura visceral.
Como medir
A maneira mais simples para determinar se há ou não acúmulo
de gordura visceral é através da medida da circunferência abdominal. Passe uma
fita métrica ao redor da cintura, no meio do caminho entre a última costela e a
extremidade superior do osso do quadril.
Os padrões
Segundo as diretrizes da International Diabetes Federation,
os limites recomendados para a população são de até 94 centímetros para homens
e de 80 centímetros para mulheres. O National Cholesterol Education Program
(Ncep), dos Estados Unidos, estabelece 102 centímetros para homens e 88
centímetros para mulheres. Pessoas que ultrapassam esses valores podem ser
consideradas com gordura visceral em excesso e devem procurar um médico.
Os riscos
O excesso de gordura visceral pode trazer graves consequências.
Está associado a diversos problemas de saúde, como aumento do risco de diabetes
tipo 2, hipertensão, doenças cardiovasculares, alterações nos níveis de
triglicerídeos e colesterol, hepatite gordurosa e alguns tipos de câncer.
O que pode ser feito
Não existe tratamento específico para a redução da gordura
visceral. Devem ser adotadas as mesmas medidas usadas para prevenir e controlar
o excesso de peso de maneira geral: alimentação saudável, com diminuição da
ingestão de calorias, e prática regular de exercícios físicos. * UOL
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