Uma pessoa nascida na Bahia em 2017 tinha a expectativa de
viver, em média, até os 73,7 anos (73 anos, 8 meses e 12 dias), 2 meses e 12
dias a mais que aquelas nascidas em 2016, cuja expectativa de vida era 73,5
anos (73 anos e 6 meses).
Para os homens baianos, a expectativa de vida ao
nascer passou de 69,0 anos em 2016 para 69,3 (69 anos, 3 meses e 18 dias) em
2017, com um ganho de pouco mais de 3 meses (3 meses e 18 dias).
Já as mulheres
baianas nascidas em 2017 tinham a expectativa de viver em média 78,4 anos (78
anos, 4 meses e 24 dias), cerca de 9 anos a mais que os homens e pouco mais de
2 meses a mais (2 meses e 12 dias) que aquelas nascidas em 2016 (78,2 anos ou
78 anos, 2 meses e 12 dias).
No país como um todo e em todos os estados, as mulheres têm
uma esperança de vida ao nascer maior que a dos homens. Isso é reflexo, em
grande parte, da maior mortalidade de homens jovens, principalmente por causas
não naturais. E também há desigualdades regionais marcantes.
A Bahia se manteve, em 2017, como o segundo estado com a
maior diferença na esperança de vida ao nascer entre homens e mulheres (9,2
anos), um pouco menor apenas que a verificada em Alagoas (9,6 anos) e
significativamente maior que a média nacional (7,1 anos).
Todos os estados nordestinos têm diferenças entre as esperanças
de vida ao nascer de mulheres e homens maiores que a do Brasil como um todo. No outro extremo, Roraima (com uma vantagem de 5,1 anos a
mais para as mulheres), Amapá (5,3 anos) e Minas Gerais (5,8 anos) tinham as
menores diferenças por sexo na esperança de vida, em 2017.
A esperança de vida ao nascer na Bahia em 2017 (73,7 anos)
era menor que a média nacional (76,0 anos) e por pouco não estava entre as dez
mais baixas do país, mantendo-se em 11º lugar nesse ranking, muito pouco acima
de Tocantins (que, no indicador arredondado, também tem esperança de vida de
73,7 anos).
Dentre os estados do Nordeste, a esperança de vida ao nascer
na Bahia era menor que a do Ceará (74,1 anos), de Pernambuco (74,3 anos) e do
Rio Grande do Norte (76,0 anos) - que tinha a maior esperança média de vida ao
nascer da região, praticamente idêntica à média nacional (76,0 anos)
Em 2017, a maior esperança média de vida ao nascer do país
continuava a ser a de Santa Catarina, tanto para ambos os sexos (79,4 anos)
quanto para mulheres (82,7 anos) e homens (76,1 anos) separadamente. O Espírito
Santo vinha em segundo lugar para ambos os sexos (78,5 anos) e para as mulheres
(82,5 anos), enquanto São Paulo ficava com a segunda maior esperança média de
vida ao nascer para os homens (75,3 anos).
Considerando-se apenas os homens (69,3 anos), a Bahia cai
ainda mais no ranking, ficando com a 8ª esperança de vida mais baixa dentre os
estados. Já levando em conta só as mulheres (78,4 anos), o estado sobe de
posição, ficando bem mais próximo da média nacional (79,6 anos) e com 17ª
expectativa de vida mais baixa (ou 11ª mais alta).
Uma pessoa idosa que tivesse 65 anos na Bahia em 2017 tinha
esperança de viver, em média, mais 18,1 anos (18 anos, 1 mês e 6 dias),
chegando aos 83,1 anos (83 anos, 1 mês e 6 dias). Esse indicador praticamente
não variou em relação a 2016, quando era de mais 18 anos.
O ganho bem discreto de um ano para o outro é devido à
estabilidade na sobrevida estimada para os homens, que se manteve em mais 16,1
anos (16 anos, 1 mês e 6 dias), mesma de 2016, chegando, portanto, aos 81,1 anos
(81 anos, 1 mês e 6 dias).
Já para as mulheres baianas de 65 anos a sobrevida esperada,
que já era mais elevada que a masculina em 2016, cresceu em quase 3 meses em
2017, passando de 19,7 anos (19 anos, 8 meses e 12 dias) para 19,9 anos (19
anos, 10 meses e 24 dias). Chegou, assim, a 84,9 anos (84 anos, 10 meses e 24
dias), quase 4 anos maior que a masculina.
Para os idosos com 65 anos de idade em 2017, a maior
sobrevida esperada era encontrada no Espírito Santo: mais 20,3 anos no total,
sendo mais 18,3 anos para os homens e mais 22,0 anos para as mulheres.
Entre 1980 e 2017, chance de uma pessoa de 60 anos chegar
aos 80, na Bahia, cresceu quase 90% (+88,5%), e mais da metade dos idosos
passaram a ter essa possibilidade de viver mais
A diminuição da mortalidade nas idades mais avançadas fez
com que a probabilidade de sobrevivência entre 60 e 80 anos de idade tivessem
aumentos consideráveis entre 1980 e 2017, em todos os estados brasileiros.
Na Bahia a probabilidade de uma pessoa de 60 anos chegar aos
80 aumentou 88,5% nesse período. Em 1980, 304 idosos a cada mil viveriam até os
80 anos de idade. Em 2017, esse número chegou a 573 por mil, mais da metade,
portanto, o que representou uma redução média de 209 mortes por mil idosos de
60 anos, em 27 anos.
Foi um aumento de sobrevida proporcionalmente maior que a
média nacional. No Brasil como um todo, a probabilidade de um idoso de 60 anos
chegar aos 80 passou de 344 por mil em 1980 para 594 por mil em 2017, crescendo
72,7%, o que representou menos 250 mortes por mil no período.
Em 2017, Espírito Santo (647 por mil), Santa Catarina (641
por mil) e Distrito Federal (641 por mil) tinham as maiores probabilidades de
idosos viverem dos 60 aos 80 anos. No outro extremo, em Rondônia, nem metade
dos idosos tinham essa sobrevida esperada (488 por mil). Em relação a 1980,
Rondônia teve, porém, a maior evolução desse indicador de longevidade
(+205,0%).
Em todos os estados, a longevidade entre os idosos era maior
para as mulheres do que para os homens em 2017, e a Bahia tinha a maior diferença
por sexo nesse indicador. Enquanto 652 em cada mil idosas baianas tinham chance de
chegar aos 80 anos (quase 7 em cada 10), menos da metade dos homens idosos
tinham a mesma probabilidade: 486 em cada mil ou menos de 5 em cada 10.
A
diferença entre mulheres e homens, na Bahia, era de 166 mortes por mil a menos
para elas, o que dava às baianas de 60 anos uma chance de sobrevida 34,2% maior
que a dos baianos.
A menor diferença entre a probabilidade de mulheres e homens
idosos chegarem aos 80 anos estava em Roraima, com 59 por mil sobreviventes a
mais entre as mulheres do que os homens.
Em 2017, na Bahia a cada mil crianças nascidas, estima-se
que 16,6 morreram antes de completar 1 ano de idade. A taxa de mortalidade infantil na Bahia, em 2017, foi
estimada em 16,6 por mil, ou seja, para cada mil crianças nascidas vivas, 16,6
morreriam antes de completar um ano de vida.
A probabilidade de um bebê morrer antes de fazer um ano no
estado (16,6 por mil) manteve-se significativamente superior à do Brasil (12,8
por mil). O indicador mostra, entretanto, uma tendência progressiva de redução
e deixou de ser o 7º mais elevado do país, caindo para 8º no ano passado,
superado pela taxa de mortalidade infantil estimada para Roraima (17,0 por mil).
Em 2017, a menor taxa de mortalidade infantil continuou
sendo a do Espírito Santo (8,4 óbitos para cada mil nascidos vivos), e a maior,
do Amapá (23,0 por mil). Dos estados do Nordeste, apenas Pernambuco, com uma
taxa de 12,1 mortes por mil nascidos vivos, ficou ligeiramente abaixo da média
nacional, todos os demais apresentaram taxas maiores que a do Brasil.
A mortalidade das crianças menores de 1 ano é um importante
indicador das condições socioeconômicas de uma região. Mesmo estados com taxas
baixas para o padrão brasileiro, como Espírito Santo, Santa Catarina, Paraná,
Rio Grande do Sul e São Paulo (todos com menos de 10 mortes por mil nascidos
vivos) ainda estão muito longe das taxas encontradas nos países mais
desenvolvidos do mundo.
Japão e Finlândia, por exemplo, em 2015, apresentavam taxas
de aproximadamente 1,9 mortes por mil nascidos vivos. Entre os países que
compõem os BRICS, em 2015, a China tinha uma mortalidade infantil de 10,9 por
mil nascidos vivos; a Rússia, de 7,7 por mil; a Índia, de 38,1 por mil; e a
África do Sul, de 33,5 por mil. * CORREIO
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