Principal rede social de troca de mensagens do Brasil, o
WhatsApp lança nesta quinta-feira (14), em estágio experimental, o
“Comunidades”. O novo recurso funcionará como uma espécie de guarda-chuva
abrigando diversos grupos com milhares de usuários.
O objetivo é disponibilizar um grande grupo de grupos,
podendo ter milhares de membros, sempre com toda a comunicação criptografada.
Atualmente o aplicativo disponibiliza grupos de, no máximo, 256 integrantes.
O “Comunidades” deve
ser lançado oficialmente após a eleição
Em ano de eleição, o WhatsApp se comprometeu com o TSE
(Tribunal Superior Eleitoral) que não irá estrear o novo recurso no país antes
do segundo turno do pleito, marcado para 30 de outubro.
No entanto, salientou ao órgão que não irá segurar o lançamento
entre o resultado da eleição e a posse presidencial, que ocorre em 1º de
janeiro de 2023.
Vale destacar que o pior momento de desinformação na eleição dos EUA, em 2020, ocorreu justamente após a votação. O Whats, no Brasil, foi o principal veículo de desinformação no pleito de 2018, vencido por Jair Bolsonaro.
O WhatsApp deixa claro que o público-alvo para o novo
recurso serão escolas, empresas e moradores de prédios.
“Acreditamos que as comunidades tornarão mais fácil para um
diretor de escola reunir todos os pais e responsáveis para compartilhar avisos
importantes e criar grupos para turmas específicas e atividades
extracurriculares ou voluntárias”, afirma a empresa, segundo o Valor Econômico.
Presidente global do WhatsApp, Will Cathcart disse à “Folha
de S.Paulo” que o novo recurso não será um retrocesso no combate à
desinformação.
Como irá funcionar o
“Comunidades”
Os administradores das comunidades terão a capacidade de
mandar mensagens (denominadas avisos) para todos os milhares de membros da
comunidade, como ocorre atualmente com os canais do Telegram, principal concorrente
do WhatsApp no Brasil.
O Telegram disponibiliza um número ilimitado de usuários
nesses canais. Para se ter uma noção, o canal oficial do presidente Bolsonaro
conta com 1,3 milhão de seguidores.
A princípio, as comunidades terão limite de 10 grupos com
256 integrantes, contabilizando 2.560 usuários. Entretanto, o WhatsApp já
estuda aumentar esse número de integrantes em grupos para 512, elevando também
a quantidade de grupos em cada comunidade.
Os administradores serão responsáveis por criar e gerenciar
as Comunidades do WhatsApp, escolhendo quais grupos farão parte delas e criando
novos grupos. Além disso, eles também poderão remover grupos e membros da
comunidade.
Além disso, os usuários também poderão denunciar abusos e
bloquear contatos. Para entrar em um dos grupos de uma comunidade, bastará
apenas acessar um link enviado pelo próprio administrador.
Apesar de ser criptografado de ponta a ponta, o WhatsApp
reforça que tem como banir membros e comunidades envolvidos, por exemplo, em
distribuição de material de abuso sexual infantil ou a coordenação de violência
ou tráfico de pessoas.
“Usaremos como base todas as informações não criptografadas
disponíveis, como o nome e a descrição da Comunidade e as denúncias dos
usuários, para tomar as medidas adequadas”, explicou.
WhatsApp promete acirrar
disputa com Zoom
Além do “Comunidades”, o WhatsApp também prometeu lançar nos
próximos dias algumas inovações, como um aumento do tamanho de arquivos que
podem ser compartilhados, para até 2 gigabytes, e nova modalidade de reações
com emojis.
De olho nas reuniões de empresas, o Whats também irá lançar
as chamadas de voz com apenas um toque para até 32 pessoas e, futuramente,
também pretende estender a função para chamadas de vídeo para a mesma
quantidade de usuários, uma concorrência direta ao Zoom.
“Vamos começar a implementar esse recurso gradativamente, mas espero que seja uma evolução importante para o WhatsApp e para a comunicação online em geral”, afirmou Mark Zuckerberg, presidente-executivo da Meta, no blog da empresa. (Bahia Noticias)
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