Desde a morte do pai, em 2013, *Mariana lutou contra a
depressão e viu o quadro piorar ao mergulhar por horas a fio no Facebook.
"Era como uma fuga, uma anestesia para esquecer problemas".
Significava também "procrastinar tarefas da casa e os estudos".
"Checava o celular o tempo inteiro. Estava viciada". Já na vida de
*Luísa, 47 anos, o smartphone entrou como alternativa para relaxar à noite, após
um longo dia de trabalho. Em poucos anos, virou o centro de conflitos com as
filhas e o marido.
"Reclamavam que eu tinha virado um zumbi, que fingia
prestar atenção em conversas quando, na verdade, estava pensando em algo que li
ou esperando mais uma curtida no Instagram. Era capaz de debater temas no
Facebook, mas não conversava com minhas filhas", disse Luísa à BBC Brasil.
Há aumento
de queixas de pacientes nos hospitais universitários, nas clínicas de
psicologia, de psiquiatria e em escolas", diz o PHD em psicologia e
coordenador do Grupo de Dependência Tecnológica do Instituto de Psiquiatria do
Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP), Cristiano Nabuco de
Abreu. *Folha de São Paulo
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