O governo de Jair Bolsonaro (PL) vai propor um salário mínimo de R$ 1.302 para 2023, sem aumento real pelo quarto ano seguido.
A
última vez que o piso nacional foi reajustado acima da inflação foi no início
de 2019, em um decreto assinado por Bolsonaro, seguindo a política de
valorização aprovada em lei ainda no governo Dilma Rousseff (PT).
A vigência dessa política terminou justamente em 2019. Desde
então, o atual governo tem optado por apenas recompor a variação do INPC
(Índice Nacional de Preços ao Consumidor), ajuste que é obrigatório para
assegurar a manutenção do poder de compra dos trabalhadores.
A nova previsão para o salário mínimo constará no envio da
proposta de Orçamento para o ano que vem. O documento precisa ser encaminhado
até 31 de agosto ao Congresso Nacional.
Apesar do indicativo a ser dado pelo governo, o valor
efetivo do salário mínimo em 2023 só será conhecido no fim do ano. Até lá, as
previsões de inflação podem oscilar para cima ou para baixo.
É também no fim do ano que o governo faz o ajuste do chamado resíduo –eventuais diferenças entre a projeção e a inflação efetiva. Isso ocorre porque o governo define o piso nacional antes de o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgar o resultado oficial para o INPC, o que ocorre no início de janeiro.
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