O grupo de senadores independentes e de oposição da CPI da
Pandemia decidiu enfrentar a ofensiva de governistas. Na noite de
segunda-feira, o G7 se reuniu e bateu o martelo para convocar 10 governadores para
prestarem depoimento na comissão.
Segundo senadores que participaram da conversa, serão
convocados os governadores do Amazonas, Amapá, Distrito Federal, Pará, Rio de
Janeiro, Rondônia, Roraima, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Tocantins.
Nestes estados, houve investigação da Polícia Federal durante a pandemia. A estratégia do G7 é desmontar a contraofensiva de governistas.
O senadores alinhados ao Palácio do Planalto têm reforçado o
discurso de que as gestões estaduais não estão no foco da CPI. Interlocutores
do presidente avaliam que o tom defensivo melhorou na última semana com o
enfrentamento a Renan Calheiros e aos governadores.
Inicialmente, a ideia é que, primeiro, falem os governadores
do Amazonas, Wilson Lima, e do Rio de Janeiro, Cláudio Castro. Alinhados ao
presidente Jair Bolsonaro, esta seria uma forma de levar governadores a CPI sem
tirar os holofotes do governo federal.
O depoimento de Lima é dado como certo desde o início da CPI, já que o pedido de criação da CPI traz, desde o começo, a crise de saúde no Amazonas. O de Castro deve abordar, ainda, a falta de ação do governo fluminense quanto à aglomeração causada pelo presidente Jair Bolsonaro no último domingo.
Em entrevista à CNN, o senador Ranfolfe Rodrigues,
vice-presidente da CPI, disse que o ex-governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel,
também deve ser convocado.
Eleito na onda bolsonarista, o ex-juiz se tornou inimigo político do presidente e perdeu o cargo após aprovação de um processo de impeachment.
Ele é réu no Superior Tribunal de Justiça e acusado pela Procuradoria-Geral da República de ser o responsável por estruturar um esquema de corrupção no Rio para desvio de recursos que deveriam ser utilizados no enfrentamento à pandemia. (CNN)
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