quarta-feira, 24 de outubro de 2018

WhatsApp teve efeito limitado no primeiro turno, aponta Ibope


A primeira pesquisa eleitoral com perguntas específicas sobre o possível efeito de campanhas negativas pelo WhatsApp nos resultados do primeiro turno da eleição presidencial indica um impacto limitado. 

O levantamento revela ainda que críticas e ataques disseminados pelo aplicativo podem ter afetado na mesma proporção tanto Jair Bolsonaro (PSL) quanto Fernando Haddad (PT).

Três em cada quatro eleitores ouvidos pela pesquisa Ibope/Estado/TV Globo disseram não ter recebido mensagens desfavoráveis a algum candidato à Presidência na semana que antecedeu o primeiro turno. Já as respostas dos expostos a propagandas negativas não indicam que um dos classificados ao segundo turno tenha sido mais afetado do que o outro. 

Questionados sobre críticas ou ataques a candidatos via WhatsApp no período, 73% disseram não ter recebido. Conteúdo contra Haddad apareceu nas telas dos celulares de 18% – mesmo porcentual no caso de Bolsonaro. Outros 14% citaram os demais candidatos. A soma das taxas excede 100% porque era possível citar mais de um nome.

Mesmo entre os 25% de eleitores que afirmaram ter recebido críticas ou ataques, o impacto das mensagens parece ter sido limitado. O Ibope perguntou somente a quem viu propaganda no WhatsApp se o conteúdo ajudou ou não a decidir o voto. Nesse caso, 75% disseram não, e 24%, sim. Em relação ao universo total da pesquisa, os que receberam campanha negativa pelo aplicativo e admitiram que isso influenciou seu voto são apenas 6%.

Tomando em consideração apenas essa pequena parcela que admite tanto exposição à campanha negativa quanto influência disso no voto, 39% afirmaram ter votado em Bolsonaro no primeiro turno, 35% em Haddad e 24% em outros candidatos, em branco ou nulo. * Estadão

2 comentários: