O Atlético-MG é bicampeão da Copa do Brasil. Nesta quarta-feira (16), o time mineiro confirmou o favoritismo e sacramentou a conquista ao vencer o Athletico-PR no jogo de volta da decisão por 2 a 1, com gols de Keno e Hulk, na Arena da Baixada, em Curitiba (PR).
Jaderson diminuiu para o time da casa. No duelo de ida, no domingo (12), no Mineirão, havia encaminhado o título ao golear o oponente por 4 a 0. A conquista encerra uma temporada praticamente perfeita do Atlético-MG.
O clube, afinal, já havia vencido o Campeonato Brasileiro, encerrando um jejum de 50 anos na competição, além de ter sido campeão estadual. E só não teve êxito total em 2021, pois foi eliminado nas semifinais da Copa Libertadores, ainda que sem perder nenhuma vez no torneio continental.
Conquistar três títulos em uma única temporada também é feito raro. O último clube a alcançar esse desempenho no cenário nacional foi o Cruzeiro de 2003, também campeão mineiro naquele ano. Mas tem sido mais recorrente em anos recentes, quando se contabiliza torneios continentais – são os casos do Palmeiras de 2020 e do Flamengo em 2019 e 2020.
Na Copa do Brasil, o Atlético-MG já havia sido campeão em
2014. Repetiu a conquista agora com uma campanha de nove vitórias e uma derrota
em dez jogos. Estreando na terceira fase, eliminou o Remo. Nas fases seguintes,
passou por Bahia, Fluminense e Fortaleza, chegando à decisão. No jogo de ida,
aplicou a maior goleada da história da decisão. E agora foi campeão com mais
uma vitória.
Assim como na conquista do Brasileirão, o Atlético-MG teve o
artilheiro da Copa do Brasil: Hulk. O atacante marcou 8 gols em 10 jogos no
torneio mata-mata. Ele também foi o jogador com mais gols no futebol nacional
na temporada – foram 36 em 68 partidas.
E os heróis do jogo da conquista foram os mesmos de 13 dias
atrás. Se na Fonte Nova, quando venceu o Bahia por 3 a 2 para ser campeão
brasileiro, Hulk fez um gol e Keno marcou outros dois, ambos também foram às
redes na Arena da Baixada. Dessa vez, Keno abriu o caminho para o novo título com
o seu gol no primeiro tempo. E Hulk sacramentou a vitória e o título na etapa
final.
1º tempo: Keno amplia
vantagem em disputa de lances ríspidos
Para o jogo decisivo da Copa do Brasil, o Atlético-MG teve
uma mudança na escalação, a mesma realizada durante o primeiro duelo: a entrada
do chileno Eduardo Vargas no lugar do lesionado Diego Costa. No Athletico-PR, o
técnico Alberto Valentim mudou o esquema tático, com uma formação de apenas
dois zagueiros. Sem contar com Thiago Heleno, suspenso, e Nikão, lesionado,
escalou José Ivaldo na zaga, Christian no meio-campo e Pedro Rocha no ataque.
O início do jogo foi, porém, de pouco futebol, com muitos
lances ríspidos e pouca bola rolando, a ponto de a primeira finalização ter
saído apenas aos 17 minutos. Pouco depois, o Atlético-MG levou o primeiro
susto, com o gol de Pedro Rocha, anulado com o auxílio do VAR, pois a bola
tocou em sua mão antes de o atacante finalizar às redes.
Mas também foi só esse susto. Aos 24 minutos, Vargas puxou
contra-ataque e acionou Zaracho, que rolou para Keno bater, fazendo 1 a 0,
ampliando ainda mais a vantagem da equipe mineira no placar agregado. Depois
disso, o Atlético-MG ainda poderia ter marcado outras vezes, com uma cavadinha
de Hulk e outra finalização perigosa de Keno. E não correu mais riscos diante
de um Athletico-PR pouco criativo e que teve apenas uma chance, com Terans.
Além disso, o time abusou das entradas ríspidas, o que redundou em mais discussões
antes do apito final.
2º tempo: Hulk faz o
seu e sela a conquista do Atlético-MG
A etapa final teve mais bola rolando, com o Athletico-PR
também conseguindo ser mais perigoso no campo de ataque. Uma das novidades do
time para o segundo tempo, Fernando Canesin deu trabalho duas vezes a Everson.
E Vinicius Mingotti, que substituiu o lesionado Renato Kayzer ainda na primeira
etapa, teve um gol anulado por impedimento.
Aos poucos, porém, a pressão arrefeceu. E o Atlético-MG, com
tranquilidade, passou a administrar a vantagem e, eventualmente, a chegar com
perigo no ataque, como com Allan, aos 23. E aos 30 minutos veio o gol que selou
o título. E ele tinha de ser de Hulk. Em contra-ataque, Savarino deu passe em
profundidade para o atacante, nas costas de Zé Ivaldo. Ele saiu cara a cara com
Santos e deu uma cavadinha por cima do goleiro.
No fim, Jáderson diminuiu para o Athletico-PR. Mas nada que impedisse a consagração do Atlético-MG como o melhor do futebol nacional em 2021. Campeão do Campeonato Brasileiro e, agora, da Copa do Brasil. *CNN
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