A Assembleia Unificada dos Policiais Civis e Policiais
Penais baianos, realizada na terça-feira (21), no auditório do Sinpojud, em
Salvador, aprovou ‘estado de greve’ das duas categorias e paralisação das
atividades por 48 horas a partir da próxima segunda-feira (27) em protesto à
PEC 159/2020.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Servidores
Penitenciários do Estado da Bahia (Sinspeb) Reivon Pimentel, as medidas se
deram por conta da falta de sensibilidade do governador da Bahia Rui Costa e
por uma questão específica da categoria que é a falta de um tratamento
isonômico com a polícia militar com relação aos requisitos propostos pela PEC
159/2020 da reforma da previdência.
“Segunda e terça todos os policiais civis e penais do estado
da Bahia vão paralisar as atividades e se concentrarão na Assembleia
Legislativa da Bahia. O governador Rui Costa tratou os iguais com desigualdade.
Deu um tratamento para os colegas policiais militares, que é merecido, visto que tantos os policiais penais, civis e militares todos os dias arriscam as vidas para proteger a sociedade. Mas já que fazemos parte do tripé da segurança pública, nós exigimos do governador um tratamento igual”, afirmou.
Segundo Reivon Pimentel, a PEC 159 impõe requisitos
diferenciados para os policiais militares, civis e penais. Ele explicou os
pontos de insatisfação da categoria. “Primeiro a questão da integralidade e
imparidade. Foi concedido para os policiais militares e negado para os civis e
penais; pensão por morte.
Para os policiais militares os familiares vão receber
100% da remuneração do falecido, enquanto nós vamos receber 60%; abono
permanência. Hoje o servidor que adquire o direito à aposentadoria, mas resolve
permanecer na ativa, tem a devolução integral da sua contribuição
previdenciária. O governador nessa nova PEC quer reduzir, então o servidor
aposentado que quiser permanecer na ativa vai pagar pra trabalhar”, disse.
O sindicalista considera que a PEC é ‘perversa e desigual’.
Ele ressalta que a categoria entende a responsabilidade com a sociedade, mas
que por falta de sensibilidade do governo do estado, a categoria já está
preparada para cruzar os braços.
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