A Polícia Federal deflagrou uma operação contra juízes e
desembargadores do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) na manhã desta
terça-feira (19).
Durante a ação, quatro desembargadores e dois juízes foram
afastado dos cargos. Um dos desembargadores é o presidente do TJ-BA, Gesivaldo
Britto, segundo a PF.
Os nomes dos outros envolvidos não foram divulgados. Segundo
a PF, a operação tem como objetivo combater um suposto esquema de venda de
decisões judiciais, além de corrupção ativa e passiva, lavagem de ativos,
evasão de divisas, organização criminosa e tráfico influência.
Conforme o Ministério Público Federal (MPF), investigações
apontam que, além dos desembargadores e juízes, integram a organização
criminosa advogados e produtores rurais que, juntos, atuavam na venda de
decisões para legitimar terras no oeste baiano.
O esquema envolve ainda o uso de laranjas e empresas para dissimular os benefícios obtidos ilicitamente. A suspeita é de que a área objeto de grilagem supere 360 mil hectares e que o grupo envolvido na dinâmica ilícita movimentou quantias bilionárias.
Para impedir que o patrimônio obtido de forma ilícita seja
colocado fora do alcance da Justiça, o ministro também acolheu o pedido da
Procuradoria-Geral da República (PGR) e determinou o bloqueio de bens de alguns
dos envolvidos, no total de R$ 581 milhões.
A ação, que foi batizada de “Operação Faroeste”, teve
participação de mais de 200 policiais federais. Quatro mandados de prisão e 40
mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Salvador, Barreiras, Formosa
do Rio Preto e Santa Rita de Cássia, que ficam na Bahia, além de Brasília.
Os
mandados foram expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) e, de acordo
com a PF, têm por objetivo localizar e apreender provas complementares dos
crimes praticados. *As informações são do G1
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