A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (14) um
projeto que propõe criminalizar a discriminação de pessoas “politicamente
expostas”, como políticos, ministros do Poder Judiciário e detentores de cargos
comissionados. O projeto ainda tem que ir ao Senado.
Mais cedo, os deputados aprovaram a urgência do texto, o que permitiu que ele fosse analisado diretamente no plenário, sem passar pelas comissões.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), negou que o tema tenha
sido tratado de forma “açodada”. “Essa matéria foi pauta em discussão na
reunião de colégio de lideres extensiva na terça-feira”, disse durante a
votação.
Ainda de acordo com Lira, se o projeto não fosse votado, a
Câmara iria “continuar permitindo que parlamentares sejam agredidos em aviões,
nos hotéis, nas festas”.
A proposta, de autoria da deputada Dani Cunha (União-RJ),
filha do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, e relatada pelo deputado
Cláudio Cajado (PP-BA), fixa penas para crimes resultantes da “discriminação”
contra pessoas em razão de sua condição de “politicamente exposta”, além de
prever punições para discriminação de:
*pessoa que esteja respondendo a investigação preliminar, termo circunstanciado, inquérito ou a qualquer outro procedimento investigatório de infração penal, civil ou administrativa;
*pessoa que figure na posição de parte ré de processo
judicial da qual ainda caiba recursos.
“O preconceito, que se origina da prévia criação de conclusões negativas e intolerâncias injustificáveis quanto a certo conjunto de indivíduos, possui significativo potencial lesivo, na medida em que tem o condão de acarretar, em última análise, a violação de direitos humanos”, justificou o relator. *Com informações do G1
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