A pesquisa feita pela Rede Brasileira de Pesquisa em
Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan), divulgada nesta
quarta-feira (8), aponta que o número de pessoas no país que passam fome
aumentou.
Segundo o levantamento, no fim de 2020, 19,1 milhões de brasileiros não tinham o que comer e em 2022, são 33,1 milhões.
O estudo faz
parte do O 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da
Pandemia da Covid-19 no Brasil e reuniu dados entre novembro de 2021 e abril de
2022, com 12.745 domicílios visitados, em áreas urbanas e rurais de 577
municípios, entre os 26 estados e Distrito Federal.
O levantamento mostrou que 41,3% das casas se encontravam
dentro do patamar de segurança alimentar, enquanto em 28% havia incerteza em relação
ao acesso aos alimentos.
Ainda de acordo com a pesquisa, a restrição quantitativa aos alimentos existia em 30,1% dos domicílios. Desses, 15,5% convivem em insegurança alimentar grave. Em termos absolutos, significa dizer que 125,2 milhões de brasileiros sofrem com a insegurança alimentar, enquanto mais de 33 milhões vivem em situação de fome.
A maior parte das pessoas nesta situação vivem na região norte (25,7%) e nordeste (21%). 43% das famílias que passam fome vivem com renda per capita de até 1/4 do salário mínimo. A insegurança familiar grave atinge mais as casas que têm como chefes mulheres ou pessoas de cor preta ou parda.
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