Após o Ministério Público Federal (MPF) informar que o
procedimento de interrupção de gestação foi realizado na menina de 11 anos
impedida de fazer aborto após estupro em Santa Catarina, o presidente Jair
Bolsonaro (PL) utilizou as redes sociais, na noite desta quinta-feira (23),
para informar que solicitou aos Ministérios da Justiça e da Mulher, da Família
e dos Direitos Humanos que apurem o caso.
“Solicitei ao MJ e ao MMFDH que apurem os abusos cometidos
pelos envolvidos nesse processo que causou a morte de um bebê saudável com 7
meses de gestação, da violação do sigilo de justiça e do total desprezo pelas
leis e princípios éticos, à exposição de uma menina de 11 anos”, escreveu o
presidente.
Depois da declaração repercutir em grandes jornais e ser duramente criticada, Bolsonaro voltou às redes sociais para se defender. “Globo, não adianta induzir as pessoas a acharem que somos de alguma forma coniventes com um crime tão bárbaro como o estupro, ou que não nos preocupamos com o sofrimento de uma criança de 11 anos.
São vocês que demonstram desprezo por uma das vítimas: a criança de 7 meses”, disse. “Se existe a chance de preservar duas vidas INOCENTES, por que não defendê-las? A felicidade de uma depende da morte da outra. Por que quem defende as duas vidas é pior do que quem defende apenas uma? Estranha essa dificuldade para quem defende facilmente a vida de bandidos”, acrescentou Bolsonaro na publicação.
“Para nós, tanto a criança de 11 anos quanto o bebê de 7 meses são vidas que precisam ser preservadas. Para vocês e todos os que promoveram essa barbárie, somente uma dessas vidas importam e a outra pode ser descartada numa lata de lixo, mesmo que exista chance de se evitar isso”, concluiu. (bahia.ba)
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