Atualmente, são produzidos cerca de 6 trilhões de cigarros por ano, que são consumidos por quase 20% da população mundial, sendo a prevalência do público masculino, que corresponde a aproximadamente 80% dos fumantes.
Na última década, mais de 50 milhões de pessoas morreram em
decorrência de doenças relacionadas ao tabagismo, maior causa evitável de
mortes no mundo.
Com a crescente conscientização da população em relação aos malefícios causados pelo cigarro, a indústria do tabaco procura diversificar seus produtos.
Segundo a American Cancer Society, nos últimos dez anos, houve
um crescimento de 59% na venda de produtos derivados do tabaco que não produzem
fumaça, os chamados DEF (dispositivos eletrônicos de fumar) ou cigarros
eletrônicos.
No entanto, o que parece uma solução menos danosa ao cigarro tradicional, é na verdade uma grande armadilha, pois os vapers, como também são conhecidos os cigarros eletrônicos, além da nicotina, funcionam a partir da vaporização de substâncias solventes, como a glicerina, o propilenoglicol e o glicerol.
O superaquecimento desses solventes – as temperaturas podem atingir
até 4000C – gera substâncias 450 vezes mais tóxicas, carcinogênicas e
irritantes, do que as encontradas nos cigarros comuns.
Além disso, há uma exposição maior às substâncias contidas
nos vapers, pois a duração média de uma tragada no cigarro eletrônico é
significativamente maior quando comparada aos cigarros manufaturados, 4,3
segundos contra 2,4 segundos, respectivamente.
A ampla variedade de aditivos e as opções de sabores
(morango, chocolate, licor), somadas à venda, principalmente pela internet,
favorecem a experimentação pelos adolescentes e adultos jovens. Aromas
inseridos na composição foram estudados e foram encontrados, além da baunilha e
do mentol, substâncias alergênicas, como aldeído cinâmico, cumarina, eugenol,
linalol, álcool benzílico e álcool anis. Em quatro das 28 amostras estudadas,
foram detectadas a acetamida, um composto que é considerado como possível
carcinógeno humano.
Casos de intoxicação foram observados no Reino Unido e
Estados Unidos. Além dos riscos de intoxicação, houve casos de explosões, em
função das altas temperaturas na recarga da bateria dos cigarros eletrônicos.
No Brasil, a RDC no 46 da Anvisa, que proíbe o comércio, a
importação e a propaganda de cigarros eletrônicos ou similares. No entanto, é
possível encontrar sem dificuldades, os cigarros eletrônicos em lojas físicas e
online.
Face à queda das vendas de cigarros regulares, o DEF
tornou-se a grande alternativa de negócio para a indústria do tabaco, mas ao
contrário do que essa indústria quer nos fazer crer, os dispositivos eletrônicos
não auxiliam na eliminação do tabagismo e podem ser uma porta de entrada para
esse hábito – estudos apontam que o uso de cigarros eletrônicos aumenta em
quase quatro vezes, o risco de passar a utilizar o cigarro tradicional.
Diga sim à sua saúde e não ao cigarro eletrônico. Ajude a
combater o seu uso! Curta e compartilhe este conteúdo, essa também é uma forma
de conscientizar.
Oncocenter, dedicada a você!
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