A relação entre o Bahia e a sua torcida ganhou contornos de
violência. Na noite desta quinta-feira (24), o ônibus que levava a delegação do
Esquadrão foi atingido ao chegar nas proximidades da Arena Fonte Nova. As
primeiras informações dão conta de que uma bomba teria sido lançada no veículo.
O goleiro Danilo Fernandes sofreu ferimentos no rosto e
precisou ser socorrido por uma ambulância da Fonte Nova. Ele foi encaminhado
para um hospital. O lateral esquerdo Matheus Bahia foi outro atingido no braço
pelos estilhaços.
Um carro que transitava ao lado do ônibus tricolor, na
altura do último viaduto da Av. Bonocô, conduzido por uma mulher, também acabou
atingido pela explosão.
O elenco se dirigia ao estádio para enfrentar o Sampaio
Corrêa, em jogo marcado para às 21h30, válido pela primeira rodada da Copa do
Nordeste. Em nota, o Bahia lamentou o atentado.
“O Esporte Clube Bahia informa que uma bomba explodiu dentro do ônibus da equipe na chegada à Fonte Nova e atletas ficaram feridos. O caso mais preocupante é do goleiro Danilo Fernandes, atingido por estilhaços no rosto e já encaminhado a um hospital. Grupo discute se terá jogo”, publicou o tricolor nas suas redes sociais.
O técnico Guto Ferreira falou sobre o momento do atentado.
Segundo ele, três bombas foram arremessadas contra a delegação do Bahia. O
lateral esquerdo Matheus Bahia, sofreu cortes superficiais provocados pelos
estilhaços.
“Estilhaçaram os vidros, pegou em alguns atletas nossos. O
Matheus [Bahia] foi algo superficial, o Danilo Fernandes, graças a Deus, não
foi nada de mais grave, mas esteve a um dedo de perder a visão. O vidro cortou
muito próximo do olho dele”, disse o treinador.
“Pelo estrondo da bomba, se outra entra pelo espaço da que a
primeira provocou, com certeza teríamos uma morte ali dentro. Foram três
bombas”, completou Guto. O técnico confirmou que o time vai entrar em campo
para disputar a partida.
Essa não é a primeira vez que elenco tricolor sofre algum
tipo de ameaça. Em janeiro, membros da torcida organizada Bamor invadiram o CT
Evaristo de Macedo para cobrar dos jogadores, comissão técnica e diretoria.
Como eles não estavam autorizados a entrar na Cidade Tricolor, a diretoria do Bahia chegou a registrar Boletim de Ocorrência.
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