O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, definiu as regras para o início do programa de racionamento de energia destinado a grandes consumidores.
A medida, aguardada desde o agravamento da crise energética,
entrou em vigor nesta segunda-feira (23) com a publicação de uma portaria no
Diário Oficial da União.
Batizado de Redução Voluntária de Demanda de Energia
Elétrica (RVD), o plano do governo de Jair Bolsonaro é a primeira medida
relacionada à demanda, desde junho, quando foi criada a Câmara de Regras
Excepcionais para Gestão Hidroenergética (Creg), que só vinha determinando
produção de energia por termelétricas e a importação.
De acordo com publicação da Folha, Com a demora e o agravamento da crise hídrica, grandes companhias vinham se inscrevendo no programa de economia de energia do ex-presidente Michel Temer em vigor pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Braskem, Gerdau, Cimentos Apodi, Rima, dentre outras companhias intensivas no consumo de energia, já aderiram ao programa.
Analistas de mercado previam que, sem medidas de redução de consumo, o governo corre risco de ter de enfrentar apagões —com elevado risco político para Bolsonaro, que está em campanha pelas reeleição.
Para eles, ao ficar restrito em medidas de aumento de oferta era um sinal de negacionismo do governo no enfrentamento da crise hídrica, a pior dos últimos 91 anos.
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