Suspeito de matar o candidato a vereador de Patrocínio (MG),
Cássio Remis, o ex-secretário de Obras da cidade, Jorge Marra, foi preso na
tarde deste domingo (27). Ele se entregou na Delegacia Regional da cidade
mineira, onde prestou depoimento.
Em coletiva após a oitiva, os delegados que cuidam do caso
informaram que Marra foi encaminhada para um presídio porque havia mandado de
prisão preventiva contra ele. A unidade para onde ele foi levado foi mantido
sob sigilo por questões de segurança.
A defesa do suspeito e a Polícia Civil fizeram acordo para
que o ex-secretário se apresentasse de forma espontânea às autoridades. Ainda
segundo os delegados, Marra respondeu quase todas as perguntas feitas durante o
depoimento.
"A oitiva durou cerca de três horas e ele (Jorge Marra) cooperou com 99% das perguntas que os delegados fizeram. Nós demos oportunidade também para que os advogados fizessem perguntas para esclarecer alguns pontos que ficaram controversos", declarou o delegado Valter André.
A Polícia Civil aguarda a finalização dos laudos periciais
para definir se serão necessários novos depoimentos. De acordo com os
delegados, Marra pode ser enquadrados nos crimes de roubo, porte ilegal de arma
de fogo e homicídio qualificado, por motivo fútil e uso de recurso que
impossibilitou a defesa da vítima.
O CASO
O crime aconteceu na quinta-feira (24), após Cassio realizar
transmissão ao vivo nas redes sociais. Durante a tarde, enquanto fazia uma live
denunciando uma obra realizada pela prefeitura, a vítima foi interrompida por
Marra (DEM), que chegou em uma caminhonete branca e tomou o celular do
político. Veja vídeo que mostra o momento dos disparos:
"Tá aqui o secretário. Chegaram aqui para me agredir,
entendeu? Não pega meu telefone!", afirma Remis no vídeo antes de ter o
celular tomado.
Em outra gravação, é possível ver o secretário saindo com o veículo e Remis na frente do carro tentando impedir que o celular fosse levado. Ele então tentou entrar na sede da Secretaria de Obras para recuperar o aparelho, momento no qual foi baleado. Segundo a Polícia Militar, Remis foi atingido por cerca de seis disparos -cinco deles na cabeça- e morreu no local.
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