O candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva,
venceu as eleições presidenciais de segundo turno neste domingo, 30, e será o
novo presidente do Brasil a partir do ano que vem. A vitória assegura ao
petista, que já esteve no poder entre 2002 e 2010, o seu terceiro mandato no
Palácio do Planalto.
Na campanha deste ano, o petista de 77 anos afirmou que não
vai concorrer a um eventual quarto mandato em 2026. “Todo mundo sabe que eu
tenho 4 anos para fazer isso [governar]. Todo mundo sabe que não é possível um
cidadão com 81 anos querer reeleição”, afirmou o político.
Lula e Bolsonaro disputaram o segundo turno depois que o
petista obteve 48,43% votos contra 43,20% de Bolsonaro no 1ª turno. Esse foi o
terceiro resultado mais apertado em uma eleição presidencial desde a
redemocratização.
Fica atrás apenas da disputa entre Dilma Rousseff e Aécio
Neves em 2014 (a petista com 46% e o tucano com 43%) e da corrida eleitoral
entre Fernando Collor e Lula em 1989 (o eleito teve 47% da preferência do
eleitorado no primeiro turno, enquanto o petista obteve 44%).
Com a disputa acirrada, ao longo da campanha, os dois batalharam por apoios diversos. Lula conseguiu que nomes como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), a senadora Simone Tebet (MDB) e o ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT) pedissem votos para ele. Já Bolsonaro teve ao seu lado o ex-juíz Sergio Moro (União Brasil), o governador reeleito de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e o governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB).
A preocupação em conquistar votos do centro e da direita permeou
até a escolha do vice na chapa de Lula. O ex-tucano Geraldo Alckmin, que foi
derrotado pelo próprio petista na campanha presidencial de 2006, deixou o PSDB
após 33 anos e se filiou ao PSB para fazer dobradinha com Lula.
Ao lado do PCdoB e do PV, o PT formou a primeira federação
partidária reconhecida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A chapa ainda
teve o apoio do PSB, Avante, PSOL e Rede.
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