Dados disponibilizados pelo Banco Central à CNN mostram que o PIX teve boa adesão na população de baixa renda, após um ano de implementação.
Ela é responsável por 41,7% dos usuários cadastrados. Essa faixa
engloba pessoas com renda mensal de até R$ 1,5 mil: um total de 46,7 milhões
brasileiros, dos 112 milhões que utilizam o serviço. Esse grupo é responsável
por 33,5% dos recebimentos e 36,9% dos pagamentos feitos.
Os dados foram estimados com base em informação de renda individual do Sistema de Informações de Crédito (SCR) do Banco Central, serviço que reúne informações da população que contrata empréstimos.
As faixas de corte entre os grupos foram delimitadas a partir dos trabalhos feitos pelo consórcio acadêmico World Inequality Lab, que pesquisa a desigualdade social no planeta, e pelo Centro de Políticas Sociais da FGV.
A classe média, com renda entre RS 1,5 mil e R$ 5,2 mil, vem
logo em seguida, representando 33,4% dos usuários. A faixa de renda alta, com a
população que recebe entre R$ 5,2 mil e R$ 21 mil totaliza 7,5% dos usuários. A
parcela de renda muito alta, que ganha mais de R$ 21 mil, representa 0,8%.
Entre a população de baixa renda, o número de recebimentos
de PIX aumentou 81% entre março e outubro deste ano. Os pagamentos tiveram um
aumento de 131% no mesmo período.
Praticidade, segurança e isenção de tarifas são os motivos apontados pelo economista Fábio Bentes, da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que justificam a popularidade do serviço de transferência entre esse público.
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