O Conselho de Ética da Câmara decidiu pela cassação do
mandato da deputada Flordelis (PSD-RJ), acusada de ser a mandante do
assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo, em junho de 2019.
Foram 16 votos a 1, o único deputado que votou a favor da
deputada foi Márcio Labre (PSL-RJ).
A decisão ainda precisa passar pela análise do plenário da
Câmara. São necessários 257 votos, a maioria absoluta dos deputados, para a
cassação de um mandato parlamentar.
A deputada Flordelis ainda pode recorrer à Comissão de
Constituição e Justiça da Câmara. Não há data para a votação do caso no
plenário.
O relator, o deputado Alexandre Leite (DEM-SP), considerou
que a conduta da parlamentar não é condizente com a de um representante do
povo.
"As provas coletadas tanto por esse colegiado, quanto no curso do processo criminal, são aptas a demonstrar que a representada tem um modo de vida inclinado para prática de condutas não condizentes com aquilo que se espera de um representante do povo", escreveu Leite.
O deputado não fez considerações sobre o viés penal do caso,
mas considerou que ela violou o código dos deputados, principalmente ao se
contradizer sobre fatos envolvendo o caso criminal.
Flordelis foi denunciada pelo Ministério Público do Rio de
Janeiro como mandante do assassinato, ocorrido em junho de 2019.
A deputada responde por homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio, uso de documento falso e associação criminosa armada. A parlamentar e mais nove acusados vão enfrentar o júri popular. *r7
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