A deputada federal Flordelis (PSD-RJ), denunciada por
suspostamente ter sido a mandante do assassinato do próprio marido, terá que
usar tornozeleira eletrônica. A determinação saiu na tarde desta sexta-feira
(18) pela Justiça do Rio de Janeiro.
Além do monitoramento eletrônico, a parlamentar será
obrigada a ficar em seu imóvel das 23h às 6h, medida conhecida como
recolhimento domiciliar noturno. A intimação será feita em até dois dias.
A Justiça analisou o pedido feito pelo Ministério Público do Rio na sexta-feira passada (11), que lembrou sobre um atentado a bomba denunciado por uma testemunha do crime, ocorrido na madrugada de 4 de setembro.
Para o MP, a liberdade plena de Flordelis causa intranquilidade nas testemunhas
ouvidas no caso. Outro ponto destacado pelo órgão é que tem sido difícil para a
Câmara localizá-la.
A juíza Nearis dos Santos Carvalho Arce, da 3ª Vara Criminal de Niterói, negou o pedido de afastamento imediato de Flordelis da Câmara dos Deputados. Somente por ter imunidade parlamentar é que a deputada não foi presa pela acusação de ser a mandante da morte do pastor Anderson, assassinado a tiros em junho de 2019.
“Nós entendemos que essa medida é desnecessária e
arbitrária. A deputada foi intimada e apresentou a defesa no prazo estipulado.
A defesa certamente vai recorrer desta decisão. Vamos preparar o recurso
cabível assim que formos intimados”, disse a defesa de Flordelis ao Uol.
A juíza autorizou, na mesma decisão, a transferência de Adriano dos Santos, filho biológico de Flordelis e suspeito de envolvimento no crime, para uma área reservada no Complexo de Gericinó, conjunto de presídios em Bangu, zona oeste do Rio. Ele é apontado pela vítima do atentado à bomba como autor das ameaças.
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