Essencial na mesa da família brasileira, o preço do arroz
disparou nos supermercados brasileiros, sobretudo nas últimas semanas. Um
pacote de cinco quilos, normalmente vendido a cerca de R$ 15, agora chega a
custar R$ 40.
Levantamento feito pelo Centro de Estudos Avançados em
Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, mostra que a alta do arroz chega a
100% em 12 meses. E não há alívio no bolso do brasileiro no horizonte.
Produtores e especialistas dizem que os preços devem continuar subindo nos
próximos meses.
De acordo com dados do IPCA (Índice de Preços para o
Consumidor Amplo) de agosto, divulgado nesta quarta-feira, 9, pelo IBGE
(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o arroz registrou
valorização de 19,2% no ano.
Em 12 meses, a alta do preço do arroz chega a 100%, segundo
levantamento do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da
Esalq/USP.
Outro fator destacado é a safra de arroz menor neste ano, ao mesmo tempo em que a procura no país pelo produto cresceu durante a pandemia.
A queda na quantidade de arroz armazenado entre uma safra e
outra também tem contribuindo para o aumento de preços. Há uma década, o volume
de arroz guardado na entressafra era de 2.500 toneladas, índice que caiu 80%,
para 500 toneladas na temporada atual, segundo dados do IRGA (Instituto
Rio-grandense do Arroz).
Desabastecimento de
arroz
Ontem, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou
que não vai faltar arroz no mercado. “O arroz não vai faltar. Agora ele está
alto, mas nós vamos fazer ele baixar, se Deus quiser vamos ter uma supersafra
no ano que vem”, declarou.
Em entrevista à CNN Brasil, a ministra também disse que o
governo não fará nenhum tipo de intervenção nos preços dos principais alimentos
da cesta básica brasileira, como arroz, feijão, leite e óleo de soja –produtos
que têm apresentado forte inflação nas últimas semanas.
““Estamos vivendo uma situação de transição, é uma questão
pontual e que vai passar. O governo não vai fazer nenhuma intervenção em preços
de mercado, o que estamos fazendo é monitoramento constante”.
Patriotismo
Na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pediu “patriotismo” aos supermercados para segurar os preços de itens da cesta básica. “Estou pedindo um sacrifício, patriotismo para os grandes donos de supermercados para manter na menor margem de lucro”.
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