A Caixa Econômica Federal deverá iniciar, na semana que vem,
o pagamento de mais um lote da primeira parcela do auxílio emergencial de R$ 600
a milhões de trabalhadores.
O benefício é pago a informais, MEIs (microempreendedores
individuais), contribuintes individuais do INSS, inscritos no CadÚnico e
beneficiários do Bolsa Família durante a pandemia do coronavírus para garantir
renda a famílias com dificuldades econômicas.
Ao todo, 11,1 milhões de cidadãos esperam resposta do
governo ao pedido para ter a grana. Deste total, segundo dados apresentados
pelo presidente da Caixa, Pedro Guimarães, nesta quarta-feira (3), 5,8 milhões
estão em primeira análise e 5,3 milhões estão em reanálise por parte da
Dataprev (empresa de tecnologia do governo) e do Ministério da Cidadania.
"Assim que recebermos a resposta sobre estes 11
milhões, em dois dias, nós iniciamos o pagamento", afirmou Guimarães.
"A expectativa é que, na semana que vem, nós tenhamos um lote
relativamente grande vindo da Dataprev e do Ministério da Cidadania",
disse.
Segundo ele, será definida uma estratégia de pagamento,
dependendo do número de cidadãos com direito de receber. A preocupação é evitar
filas e aglomerações. Com isso, a Caixa poderá divulgar um novo calendário,
específico para este lote.
O presidente da Caixa lembrou ainda que, quem tiver o
direito ao benefício, receberá três parcelas de R$ 600 ou de R$ 1.200, valor
pago para mães chefes de família, independentemente da data em que seu cadastro
for aprovado.
"Ser aprovado após a maioria ter recebido a primeira
parcela não significa que se perdeu a primeira parcela. Todas as pessoas que
forem aprovadas terão o direito às três parcelas."
Em nota, a Dataprev afirmou que os pedidos feitos no mês de
maio "estão em processamento. Segundo a empresa de tecnologia, "as
equipes trabalham intensamente para finalizar o serviço até o final desta
semana. Os resultados serão informados após homologação pelas equipes técnicas
do Ministério da Cidadania e Dataprev".
FRAUDES NO BENEFÍCIO
Questionado sobre as fraudes no benefício, que fazem com que
cidadãos sem direito ao auxílio recebam a renda enquanto outros esperem muito
tempo sem resposta, Guimarães afirmou que a Caixa é apenas responsável pelo
pagamento e não faz a análise para saber quem pode receber ou não.
"Nós temos uma divisão dos trabalhos. À Caixa coube a
realização do aplicativo do cadastramento, como nós vimos, 107 milhões de
pessoas se cadastraram, e ao Ministério da Cidadania e à Dataprev, couberam a
análise deste cadastro", disse.
Segundo ele, após essa informação, o banco estatal faz o
pagamento a quem tem direito. BNews
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