A redação do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) segue um
formato ortodoxo. Primeiro, é preciso criar uma tese. O passo seguinte é
argumentar em defesa de um ponto de vista e, ao final, propor uma intervenção
ao problema. Tudo com coesão e coerência.
E atenção! Neste ano, o participante que desrespeitar os
direitos humanos poderá perder até 200 dos 1.000 pontos possíveis.
Segundo o manual de redação do Inep (responsável pelo Enem),
um dos cinco itens que serão avaliados no texto é a capacidade de
"elaborar proposta de intervenção para o problema abordado que respeite os
direitos humanos".
Convidados pela Folha de S.Paulo, os professores de produção
textual, Ana Paula Severiano, do Stockler, e Frederico Barbosa, do Colégio
Equipe, fizeram apostas com os possíveis temas que poderão cair na prova de
redação deste ano.
Os links que acompanham cada tema são de especiais da Folha
de S.Paulo, que poderão ajudá-lo a formular bons argumentos e a proposta de
intervenção. Confira abaixo:
DESAFIOS DA EDUCAÇÃO
BÁSICA NO BRASIL
A reforma do ensino médio entrou na pauta com a discussão da
nova Base Nacional Comum Curricular. O participante pode refletir a sua própria
formação.
DÉFICIT HABITACIONAL
A falta de moradias e de políticas públicas para amenizar o
problema é um tema que ganhou força após a queda de um prédio de sem-teto no
centro de SP em maio deste ano.
CRISE NOS PRESÍDIOS
O Brasil é o país com a 3ª maior população carcerária do
mundo e as autoridades ainda não conseguiram conter a ação das facções
criminosas que agem de dentro das cadeias.
DESAFIOS DO
ENVELHECIMENTO
A população idosa no Brasil só cresce e vive mais. A falta
de políticas públicas para absorver os mais velhos ao mercado de trabalho e a
nova reforma da Previdência são discussões do momento.
BRIGA DE TORCIDAS
A rivalidade entre as torcidas dos times de futebol pode ser
uma forma de a redação fazer correlação com o momento político do país em que
as diferenças partidárias têm levado a população a enfrentamentos nas redes
sociais e nas ruas.
FAKE NEWS
A disseminação de notícias falsas nas redes sociais e
aplicativos de mensagens pode exigir do participante uma posição sobre o limite
da liberdade de expressão.
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