O empresário Marcelo Odebrecht deixou a prisão da
Superintendência da Polícia Federal de Curitiba (PR) por volta das 10h desta
terça-feira (19). Ele saiu do local de carro e foi à Justiça Federal, onde
colocará tornozeleira eletrônica.
Após dois anos e meio detido, Odebrecht agora cumprirá o
mesmo tempo em prisão domiciliar, em um condomínio de luxo no Morumbi (SP). A
expectativa é de que o executivo siga de jato particular para São Paulo.
Na prisão domiciliar, o empresário terá direito a duas
saídas -uma para ir à formatura do ensino superior de uma de suas filhas, em
2018. Ele poderá receber visitas de 15 pessoas, cujos nomes deverão constar em
uma lista a ser enviada para o juiz de execução penal de Curitiba.
O executivo foi preso preventivamente pela Lava Jato em
junho de 2015, na 14ª fase da operação. Em março de 2016, foi condenado pelo
juiz Sergio Moro a 19 anos e 4 meses de prisão.
Em maio, assinou acordo de colaboração premiada. Após
negociações, a punição foi fechada em dez anos, sendo dois e meio em regime
fechado. Marcelo, ex-presidente do grupo, recebeu a sentença mais dura entre os
delatores.
Conforme noticiou a Folha de S.Paulo, o empresário está
convencido de que foi injustiçado e de que seu pai, Emilio, e aliados acabaram
beneficiados pelos acordos.
Setenta e oito executivos da empreiteira fecharam
colaboração com as autoridades. Delatores temem que o executivo indique omissões
e imprecisões nos acordos.
A Odebrecht foi uma das principais empresas envolvidas no
esquema de corrupção na Petrobras investigado pela Lava Jato. A empreiteira é
apontada como a que distribuiu mais propina.
Em maio, Moro homologou o acordo de leniência da Odebrecht,
que prevê uma multa de cerca de R$ 3,8 bilhões em 23 parcelas anuais, com
correção da taxa Selic -total estimado em R$ 8,5 bilhões. Com informações da
Folhapress.
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