A economia do consumidor com a nova regra que limita a
utilização do rotativo do cartão de crédito poderá chegar a quase 50% em 12
meses.
Essa é a diferença que o cliente deixará de pagar ao migrar dos juros
mais caros do crédito rotativo para as taxas mais baixas do crédito parcelado.
A partir de abril, as administradoras de cartão de crédito não poderão mais
financiar o saldo devedor dos clientes por meio do crédito rotativo por mais de
um mês, conforme decisão do Conselho Monetário Nacional (CMN) tomada na última
quinta-feira (26).
Para o crédito parcelado, a taxa
média estava em 8% ao mês. A diferença é maior quanto mais longo o tempo dos
financiamentos. Uma dívida de R$ 1 mil na fatura do cartão sobe para R$ 1.534
no crédito rotativo ao fim de três meses.
Com a nova regra, pela qual a taxa
mais alta – de 15,33% ao mês – incide nos primeiros 30 dias e a taxa de 8% ao
mês incide nos dois meses restantes, a dívida aumenta para R$ 1.345,20,
diferença de 12,3%. Ao final de 12 meses, a disparidade é ainda maior.
Uma
dívida de R$ 1 mil na fatura chegará a R$ 5.537,42 ao fim do período no sistema
atual, financiada por meio do crédito rotativo. Pela nova regra, a mesma dívida
seria corrigida para R$ 2.689,07, diferença de 51,4%.
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