Auditores Fiscais do Trabalho encontraram na tarde desta
quinta-feira (9), oito trabalhadores mantidos em condições análogas a escravo
no município de Ilhéus. Eles atuavam na construção do Centro de Arte e Esporte
Unificado – CEO, obra financiada pelo Governo Federal e pela Prefeitura da
cidade.
Em depoimento, os trabalhadores relataram que viviam da cidade de
Serrinha, localizada na região nordeste da Bahia, com promessa de trabalho em
Ilhéus, porém, desde que iniciaram as atividades no local, há dois meses, não
recebiam salário, sem possibilidade de retornarem à cidade de origem, além de
não terem a carteira de trabalho assinada.
Segundo o Auditor Fiscal Daniel
Fiuza, no local da obra não havia banheiro em condições de uso, refeitório
adequado para que os funcionários fizessem as refeições, nem água potável.
Além
das condições precárias, os trabalhadores eram submetidos a condições
degradantes, dormindo em mesas, camas improvisadas sem colchões e travesseiros.
Durante a ação, as oito pessoas paralisaram as atividades e nesta sexta-feira
(10), foram resgatados da casa em que eram mantidos e levados ao alojamento do
centro de Referência de Assistência Social da Cidade – CRAS. *Do Bahia Notícias
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