O Dia Mundial do Diabetes é comemorado no próximo sábado (14),
buscando conscientizar a população sobre os perigos da doença, alertando para
as formas de se prevenir, e até mesmo de se conviver com o transtorno
metabólico.
Um levantamento realizado pelo Ministério da Saúde em parceria com
o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), constatou
que o diabetes – que é causado pela elevação de glicose no sangue – atinge a 14 milhões de brasileiros.
Em Salvador, o percentual de adultos – com idade igual ou
maior que 18 anos – que referiram diagnóstico médico prévio de diabetes foi de
7,4%. Considerando a estimativa populacional do IBGE para o município de
Salvador esse dado corresponde, em média, a 216.160 pessoas diabéticas no
município.
De acordo com a mesma pesquisa, no sexo masculino, a frequência de
diabetes observada foi de 6,0% e, entre mulheres, o diagnóstico de diabetes
referido foi de 8,7%. O diabetes é uma doença onde a secreção – ou ação – da
insulina está comprometida sendo ele dividido em duas categorias. O Tipo 1
acomete mais crianças, adolescentes e adultos jovens, enquanto que a alteração
é na secreção da insulina. Já o Tipo 2 começa com a alteração na ação da
insulina, para logo em seguida afetar a secreção.
Por muito tempo, o transtorno adquiriu uma fama tão ruim
quanto o câncer ou anomalias que podiam debilitar o paciente, levando-o a
morte, ou privando de uma vida comum. É verdade que o diabetes continua a não
ter cura, mas, graças aos avanços em pesquisas médicas e farmacêuticas ao longo
dos anos, seu tratamento é mais eficiente, garantindo que o portador possa ter
qualidade de vida, sem ter a necessidade de seguir uma receita vasta de
remédios, ou necessitando seguir uma “dieta do diabético”, por exemplo.
Novos métodos. De acordo com a Dra. Ana Cláudia Ramalho, que
é endocrinologista e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes –
Regional Bahia, para os pacientes que usam insulina várias vezes ao dia, existe
a possibilidade do tratamento com bomba de insulina que consiste numa grande
evolução no tratamento do diabetes.
As indicações formais são: pacientes com hipoglicemias
severas (pacientes que entraram em coma); gestantes; crianças; pacientes que
não conseguem controle da glicemia com aplicação de insulina com canetas ou
seringa, ou pacientes que desejem mais flexibilidade de vida, ou querem apenas
reduzir a quantidade de aplicações, pois passam de 6 a 7 aplicações ao dia para
1 a cada 3 dias. A endocrinologista também coordenou um levantamento nacional
com 429 pacientes que fazem uso da bomba de insulina, e constatou que a
qualidade de vida acabou sendo a indicação mais frequente dentre os
participantes da pesquisa.
Segundo ela, a restrição ao uso limita-se mais ao paciente
que não conta carboidrato, nem faz glicemia, sendo assim, um paciente engajado
na terapia. “As vantagens desse tratamento, em relação ao método tradicional,
que utiliza seringas e as canetinhas são a redução das aplicações, pois eles
passam de 6 a 7 aplicações ao dia para 1 a cada 3 dias. Há também a
flexibilidade da vida, podendo o paciente atrasar refeições ou dormir fora do
horário habitual sem descompensar o diabetes; e flexibilidade também na
alimentação, permitindo ao paciente o uso de doces sem exageros, é claro”, explica
a Dra. Ana Cláudia Ramalho. Embora haja avanços, a endocrinologista continuou a
ressaltar a importância de uma rotina saudável.
“O diabético também precisa dar importância a uma
alimentação balanceada, com a prática de exercícios físicos, além de medir sua
glicemia na quantidade de vezes indicada”, afirmou ela, destacando a obesidade
e o sedentarismo como fatores de risco para quem possui o transtorno. Segundo
dados fornecidos pelo Sistema de Informação de Mortalidade (SIM), de janeiro a
outubro de 2015, 506 pessoas vieram a óbito na capital baiana, devido a
complicações ocasionadas pelo diabetes. Em todo ano de 2014, o transtorno
vitimou 694 pessoas no município. Ao analisar a distribuição por sexo, também
se contatou que o maior número de óbitos é do sexo feminino, com 284
ocorrências. Dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) revelaram que no Brasil
6,2% da população de 18 anos ou mais referiram o diagnóstico médico do
diabetes.
A região nordeste apresentou prevalência da doença de 5,4 %,
e Salvador, uma das principais cidades da região, registrou 5% nos adultos com
mais de 18 anos. O estudo também constatou que as mulheres (7,0%) apresentaram
maior proporção de relato de diagnóstico de diabetes que os homens (5,4%).
Considerando a situação do domicílio, na área urbana 6,5% da população de 18
anos ou mais de idade referiu diagnóstico médico de diabetes, enquanto que na
área rural a proporção foi de 4,6%.
Se não tratado, o diabetes sobre causar insuficiência renal, amputação de membros, cegueira, doenças cardiovasculares, como AVC (derrame), e infarto. Para quem tem o diabetes, o Ministério da Saúde fornece de graça seis tipos de medicamentos.
Se não tratado, o diabetes sobre causar insuficiência renal, amputação de membros, cegueira, doenças cardiovasculares, como AVC (derrame), e infarto. Para quem tem o diabetes, o Ministério da Saúde fornece de graça seis tipos de medicamentos.
Informações: Tribuna da Bahia
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