Uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira (13) pelo
Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese)
revela que um trabalhador negro ganha em média um salário 36,1% inferior ao
recebido por um não negro.
O levantamento 'Os negros nos mercados de trabalho
metropolitanos' tomou como base as regiões metropolitanas de Salvador, Belo
Horizonte, Brasília, Fortaleza, Porto Alegre, Recife e São Paulo.
De acordo com
o Dieese, em relação aos cargos de chefia, a diferença salarial e de oportunidades
de trabalho ainda são maiores.
O estudo destaca que a desvantagem registrada
entre a remuneração de negros e não negros é pouco influenciada por
região, horas trabalhadas ou setor de atividade da economia. A pesquisa mostra
que, nas áreas metropolitanas, os negros correspondem a 48,2% dos ocupados, e
recebem em média 63,9% do que ganham os não negros.
Entre trabalhadores com
nível superior completo, a média de rendimentos por hora é de R$ 17,39 entre os
negros, e de R$ 29,03 entre os não negros.
O estudo informa que ocupações de
menor prestígio são ainda ocupadas na sua maioria por negros, como pedreiros,
serventes, pintores, caiadores e trabalhadores braçais na construção,
faxineiros, lixeiros, serventes, camareiros e empregados domésticos.
De acordo
com o Dieese, ações afirmativas como cotas raciais em empresas podem atenuar os
problemas de empregabilidade dos negros.
Informações da Agência Estado
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