terça-feira, 16 de setembro de 2014

Cientistas criam exame de sangue para diagnosticar depressão


Pela primeira vez, cientistas desenvolveram um exame de sangue capaz de diagnosticar depressão. O teste detecta a doença ao medir os níveis de marcadores genéticos associados à presença da condição. 

Além disso, segundo os especialistas, o método pode, no futuro, ajudar os médicos a descobrir quais pessoas têm maior predisposição à depressão e se determinado tratamento será eficaz para o seu paciente. 

Primeiro, os pesquisadores realizaram um exame de sangue nos participantes e identificaram nove marcadores de RNA cujos níveis eram significativamente diferentes entre os indivíduos com e sem depressão. 
As moléculas de RNA são responsáveis por interpretar o código genético do DNA e fazem o organismo funcionar de acordo com as informações decodificadas. Depois, os voluntários com depressão foram submetidos a um tratamento contra a doença. Ao longo das 18 semanas seguintes, a equipe mediu os níveis desses nove marcadores entre essas pessoas. 

Os autores descobriram, então, que os níveis mudaram ao longo do período, e que essa alteração estava relacionada com a eficácia, ou não, do tratamento contra a doença. "Nós sabemos que o tratamento medicamentoso e a psicoterapia são eficazes, mas não para todo mundo. 

Ter um exame como esse nos ajuda a indicar a melhor terapia para cada paciente", explica David Mohr, coautor do estudo e professor da Faculdade de Medicina da Universidade Northwestern, nos Estados Unidos. Diagnóstico — Hoje, o método de diagnóstico da depressão é subjetivo, pois se baseia em sintomas não específicos, como fadiga e mudança de apetite, que podem ser aplicados a diversos problemas físicos e mentais. 

Esse diagnóstico também depende da habilidade do paciente em reportar seus sintomas e a do médico em entendê-las. "Saber quais são os pacientes mais suscetíveis à doença permite que nós o monitoremos com mais atenção. Além disso, podemos considerar uma dose de manutenção de antidepressivos e de psicoterapia contínua para diminuir a severidade de um episódio futuro ou prolongar os intervalos entre um e outro", diz Mohr.

Informações: Voz da Bahia

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