quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Migração das rádios AM para a frequência FM


O Dia do Radialista, comemorado 7 de novembro, tem este ano um sabor especial. Nessa quinta-feira (7), a presidente Dilma Rousseff recebe donos de rádios no Palácio do Planalto para assinar o decreto que permite às emissoras AM migrar para a faixa FM, atendendo a uma demanda antiga do setor.

A mudança, que será opcional, tem por objetivo dar um novo fôlego às rádios AM, prejudicadas com o aumento de ruídos e muitas interferências em suas transmissões. Enquanto isso, as rádios FM, que desde os anos 80 sempre tiveram maior aceitação entre os públicos mais jovens, passaram a ganhar mais espaço.
Mesmo sem o grande alcance das AM, as FM apresentam sinais mais limpos e também podem ser sintonizadas por dispositivos móveis. A mudança será possibilitada com a transferência de emissoras de TV do analógico para o digital. 

Os canais 5 e 6 VHF devem ficar vagos em 2015, quando a TV analógica for de fato desativada. Em cidades onde a faixa FM praticamente não comporta mais rádios, como em São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, as emissoras AM serão alocadas nos canais de televisão recém desocupados, chamados de “faixa estendida”. 

Onde o FM não estiver saturado, as rádios serão alocadas na própria faixa já existente. Convertida para rádio, a frequência dos canais 5 e 6 da TV irá de 76 a 88 MHz, tornando-os “vizinhos” da atual faixa FM, que opera de 88 a 108 MHz (veja quadro). 

O novo espectro do FM obrigará a indústria a produzir aparelhos de rádio que consigam sintonizar a nova faixa. Por isso, diz o presidente da Abert, haverá um prazo de adaptação de cinco anos, em que o radiodifusor poderá realizar transmissão simultânea em AM e FM.

Segundo a Abert e o Ministério das Comunicações, as rádios AM que optarem pela migração ocuparão na faixa FM um espaço correlato, sem perder potência. “Ela vai ter o mesmo alcance que tinha com o AM”, diz o ministro, se referindo ao raio de abrangência principal da rádio, conforme estabelecido pela outorga.

Em entrevista à JOVEM PAN, o presidente da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e TV (Abert), Daniel Slaviero, disse que essa é uma medida que trará um benefício enorme as quase duas mil emissoras AM em todo o país.

“Nós estamos reputando isso como uma das grandes mudanças estruturais do setor de radiodifusão essa possibilidade da migração das rádios AM”, contou Slaviero.


Com informações do Estadão e da Jovem Pan

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