Tudo indica que o jogador de futebol amador Fábio Cordeiro
da Silva, de 35 anos, foi o doador do coração de Fausto Silva. Ele morreu no
sábado (26) em Santos, no litoral de São Paulo, após sofrer um acidente
vascular cerebral (AVC) enquanto trabalhava como azulejista.
Fábio tinha o mesmo tipo sanguíneo do apresentador e já havia sinalizado aos parentes sobre a intenção de ser um doador de órgãos. “Tudo indica que o coração foi para o Faustão… pelo horário, por tudo.
Nós
ficamos até contentes, porque o Faustão foi muito prestativo”, disse o pai do
jogador, José Pereira da Silva, em entrevista ao Balanço Geral, da Record TV.
Fábio também doou outros órgãos, que salvaram vidas de mais pessoas.
“O Fábio era um menino muito bom, nunca deu trabalho, era
trabalhador. Mas a vida é assim. Era muito querido, com muitos amigos, que
fizeram até vaquinhas para pagar os custos do sepultamento”, completou José.
Fábio precisou se ausentar dos campos há cerca de um mês porque passou mal
durante algumas partidas. Ele morava em Mongaguá, mas atuou em clubes da região
de Praia Grande, Itanhaém e São Vicente. Era conhecido pelos colegas pelo
apelido Esquerdinha, por ser canhoto.
As informações sobre a identidade do doador e do receptor
não foram confirmadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), responsável pela fila
de transplantes, por serem protegidas.
Faustão era o segundo da lista de espera e, após recusa do primeiro paciente da fila, na madrugada deste domingo (27), o Hospital Israelita Albert Einstein, na capital paulista, foi acionado pela Central de Transplantes do Estado de São Paulo. A equipe médica avaliou a compatibilidade do órgão, levando em consideração o tipo sanguíneo B.
Segundo o último boletim divulgado pelo hospital, a cirurgia foi realizada com sucesso e Fausto Silva, que deu entrada no hospital da capital paulista no dia 5 deste mês, permanece na UTI (unidade de terapia intensiva), “para acompanhamento da adaptação do órgão e controle de rejeição”.
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