A 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de
Janeiro afastou hoje (23), por unanimidade, Flordelis dos Santos de Souza (do
PSD) de seu mandato como deputada federal.
O julgamento aconteceu hoje e analisou se ela poderia
continuar em seu cargo enquanto espera o julgamento do processo no qual é
acusada de ser a mandante da morte do marido, o pastor Anderson do Carmo.
O relator do processo, desembargador Celso Ferreira Filho, votou a favor do afastamento. Os outros dois colegas dele, Antônio José e Katia Jangutta, seguiram o voto. “Há situações que me causaram perplexidade.
São 50
anos que convivo nessa casa de conflitos e há muito tempo não vejo uma situação
tão complexa, estranha e que causa tanta surpresa. Lidamos com homicídio,
improbidade, mas nesse processo há uma gama de circunstâncias estranhas”, disse
Filho.
A decisão dos desembargadores deverá ser submetida ao plenário da Câmara dos Deputados para que ele decida se mantém ou não o afastamento, conforme prevê a Constituição.
Flordelis nega as acusações e se diz alvo de
"perseguição política". Por ter imunidade parlamentar, ela segue em
liberdade, mas, desde setembro, tem sido monitorada por tornozeleira
eletrônica.
A representação contra a deputada foi apresentada pelo deputado Léo Motta (PSL-MG). Pelo fato de o autor ser um parlamentar e não um partido, o caso precisou passar pela Corregedoria da Câmara, que recomendou o envio do processo ao Conselho de Ética.
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