Uma pesquisa da empresa de recuperação de crédito Recovery,
feita pelo Data Popular, mostra que hoje o brasileiro inadimplente deve, em
média, três vezes o que ganha e, em alguns casos, acumula até 20 dívidas
diferentes.
A maior parte das dívidas foi feita nos últimos três anos - período
que coincide com o agravamento da crise econômica. De 2014 para cá, a taxa de
desemprego mais que dobrou, atingindo 14 milhões de brasileiros.
Ao mesmo
tempo, a população teve de conviver com a disparada da inflação, escassez de
crédito e juro alto. Foi uma combinação perfeita para o aumento da
inadimplência (contas em atraso por mais de três meses), que hoje atinge um
contingente de 61 milhões de brasileiros.
"Diferentemente de outros períodos, a inadimplência elevada não é
resultado de excesso de endividamento - até porque a carteira de crédito está
em queda", diz Luiz Rabi, economista da Serasa Experian.
"Não é que o
brasileiro está se endividando além da conta, é justamente o impacto da crise,
com o desemprego em nível recorde. Não é que ele não quer pagar - ele não tem é
dinheiro." *Correio Braziliense
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