A partida entre Santos e Flamengo, válida pela Copa do
Brasil, foi o palco de uma polêmica de arbitragem. Quando o jogo estava
empatado em 1 a 1, o árbitro Leandro Pedro Vuaden marcou pênalti de Réver em
cima de Bruno Henrique.
No entanto, resolveu consultar o quarto árbitro e voltou
atrás em sua decisão. A ação do juiz gerou protestos da equipe santista, e a
possibilidade de interferência externa foi cogitada.
No entanto, durante o "Seleção SporTV", Vuaden
afirmou que vem sofrendo uma "grande injustiça" e que não utilizou
ajuda vinda de fora.- É uma grande injustiça que estão fazendo com um grande
profissional, e eu não admito isso em qualquer que for a área.
Que fique bem claro que não houve nenhuma interferência
externa. Fico chateado e me deixa muito triste quando as pessoas tentam juntar
alguma coisa ou tentar manchar uma decisão da arbitragem, procurando dizer que
houve interferência disso ou daquilo - disse.
Vuaden explicou qual foi o procedimento adotado durante os
momentos que se passaram entre a marcação do pênalti e a consequente anulação. Ele afirmou que não estava totalmente certo de que o lance
deveria ter sido marcado, mas disse que, na dúvida, resolveu apontar para a
marca da cal.
- Para deixar bem claro o que aconteceu (...) eu venho em um
deslocamento, há um contato. Não tenho 100% da decisão, mas mesmo assim utilizo
o apito de forma tardia e acabo assinalando o pênalti. Não estou 100% convicto,
mas optei por tomar (a decisão). Houve um protesto todo; também estou com essa
dúvida, e qual é o recurso que eu tenho a disposição, o que eu posso fazer para
tentar adicionar alguma coisa (referindo-se a consultar o quarto árbitro)?
O árbitro admite que a distância do quarto árbitro era
superior à sua; no entanto, diz que o ângulo de visão da posição em que o juiz
do lado de fora estava era muito melhor e que, portanto, o que o "futebol
espera que seja feito" é que o árbitro consulte o recurso disponível.
A conversa definiu que houve apenas o toque na bola por
parte de Réver e que, portanto, a infração precisava ser anulado. Além disso,
afirmou que se precipitou ao apitar o pênalti. - A distância do quarto árbitro sim, é maior que a minha;
porém, o ângulo de visão dele é melhor do que o meu. E o que eu fiz, o que eu
precisava fazer, o que o futebol espera que seja feito, é buscar uma informação
do quarto árbitro. Fui até ele e disse: "Me diz o que você viu".
Ele
me disse: "Estou longe, mas para mim, a impressão que ficou é que pegou só
a bola". Ponto. Foi só isso que aconteceu, não fiz absolutamente mais
nada. Simplesmente fui lá, anulei a marcação e reiniciei o jogo com um tiro de
canto, que era como deveria ser reiniciado caso a marcação do pênalti não fosse
confirmada. Houve sim, e aí eu faço uma mea-culpa, uma precipitação minha em
marcar, mas era o que, mesmo de forma tardia, eu acabei optando.
Apesar da confusão, o juiz não se mostra incomodado e diz
estar tranquilo em relação à escolha que tomou, além de ter reiterado que esta
foi a única medida provada e que se sente de "dever cumprido".
- Eu estou com a minha consciência muito tranquila, com a
sensação do dever cumprido, que é o mais importante. Mas é lógico, a disposição
para esclarecer essa situação, para que não fique pairando nenhum tipo de
situação complicada em querer adicionar essa decisão a algum repórter. Não. Foi
exatamente isso que aconteceu, ponto final.
Curiosamente, esta não é a primeira vez em 2017 que um
árbitro volta atrás em pênalti marcado contra o Flamengo. Na sexta rodada do
Brasileiro, o árbitro Paulo Henrique Schleich Vollkopf fez o mesmo em lance a
favor do Avaí, voltando atrás mais de um minuto depois.
Apesar da polêmica, o Flamengo acabou sendo derrotado por 4
a 2. No entanto, conseguiu ir às semifinais da competição graças à regra do gol
fora de casa, por ter vencido a primeira partida.
Em caso de 5 a 2 no placar, o Santos teria avançado. Nas
semifinais, a equipe carioca fará o clássico contra o Botafogo.
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