Promotores de Justiça que atuam nos municípios baianos foram
orientados pela chefe do Ministério Público estadual, procuradora-geral de
Justiça Ediene Lousado, a instaurar procedimentos para verificar gastos
desarrazoados nas festas juninas promovidas pelas Prefeituras.
A recomendação
foi publicada no Diário da Justiça Eletrônico desta quarta-feira (14), e levou
em consideração a recessão econômica pela qual passa o País, o que tem
implicado na diminuição da disponibilidade de recursos para os entes federativos
darem cumprimento às políticas públicas sob sua responsabilidade.
Cabe ao MP
zelar para que as disponibilidades financeiras sejam empregadas
prioritariamente no cumprimento das políticas públicas essenciais, destaca o
texto.
Além disso, a regra na contratação de obras, bens e serviços
pelo Poder Público é a realização de procedimento licitatório, sendo
excepcional a contratação mediante dispensa ou inexigibilidade de licitação.
O
uso de recursos públicos na organização dos festejos juninos não pode ser feito
em prejuízo do cumprimento de obrigações de maior relevância constitucional,
ressalta a PGJ, citando como exemplo as obrigações relativas à saúde, à
educação e ao saneamento básico.
Para elaboração do documento, também foi
levada em consideração orientação técnica da Rede de Controle da Gestão Pública
no Estado da Bahia, por meio da qual foi expedida orientação aos
administradores públicos quanto às contratações de serviços artísticos.
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