Em um momento de queda da receita e de risco de ter seu
pacote de ajuste desfigurado no Congresso, o governo Dilma anuncia nesta sexta
(22) um corte no Orçamento de cerca de R$ 69 bilhões, o maior da era petista,
para tentar vencer o ceticismo do mercado de que irá cumprir sua meta fiscal em
2015.
Ao definir o tamanho do bloqueio, o governo estimou que o
país terá uma retração de 1,2% do PIB neste ano, pior do que a previsão
anterior (0,9%). A inflação oficial será de 8,26%, bem acima do centro da meta
(4,5%).
O corte vai atingir R$ 49 bilhões de despesas propostas pelo governo e
R$ 20 bilhões de emendas parlamentares, recursos destinados por deputados e
senadores para suas bases eleitorais.
Os
ministérios da Casa Civil e do Planejamento, além da área política do governo,
defendiam um valor perto de R$ 60 bilhões. Para garantir mais dinheiro em caixa
e cumprir a meta fiscal do ano, o governo editou na noite desta quinta-feira
(21) medida provisória aumentando a alíquota da CSLL (Contribuição Social sobre
o Lucro Líquido) de bancos, de 15% para 20%, o que deve gerar R$ 4 bilhões por
ano.
Informações da Folha
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