Policiais federais em todo o País farão uma greve de 72
horas, com paralisação de suas atividades, entre os dias 23 e 25, informa a
Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) em nota distribuída à
imprensa.
O movimento será iniciado no final desta terça-feira, dia 22, com
atos públicos de protesto em frente às unidades da PF.
Os policiais federais reclamam que o governo federal não
cumpriu o acordo assinado no final da greve de 2012, que inclui a modernização
da carreira na PF e o reconhecimento das atividades realizadas por todos
servidores, ainda regidos por leis da época da ditadura militar.
“O estopim da greve é a recente Medida Provisória 657, que
atropelou o longo período de negociações entre a Fenapef e o governo, ignorou
as dezenas de propostas de modernização e beneficiou somente o cargo de
delegado, criando uma espécie de concurso para chefe no serviço público
federal”, diz a nota. “Nos corredores da PF, a Medida Provisória é chamada de
‘MP da Chantagem’.
O motivo é a sua publicação na semana em que ocorreram os
vazamentos do escândalo da Petrobras. A MP não reconhece os demais policiais,
investigadores ou peritos, como autoridades competentes”, acrescenta.
Conforme
o presidente da Fenapef, Jones Borges Leal, afirma na nota, a MP 657, em vez de
reconhecer os avanços da PF dos últimos anos, volta no tempo para criar um
cargo político dentro da polícia, tornando o órgão mais dividido e burocrático.
“Estão recriando a polícia fascista da ditadura militar, que não funciona, mas
é fácil de controlar pelas indicações dos cargos de chefia”, diz.
Informações: Estadão
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