As chances efetivas de vitória de Marina Silva na eleição
presidencial já levam a ala do PMDB que apoia a candidatura do senador Aécio
Neves (PSDB) a dar como certa a adesão da legenda a um eventual governo seu.
A
avaliação desse grupo é a de que as chances de recuperação do tucano são
difíceis e a perspectiva de poder hoje está com Marina. Isso faz com que a
histórica divisão do PMDB ganhe novos contornos.
Se antes da campanha o debate
era levar ou não o partido a apoiar a reeleição de Dilma Rousseff, agora ele
começa a se dar entre compor ou não com Marina e o momento em que essa
sinalização deve ser feita.
A cúpula peemedebista, responsável pelo apoio
pró-Dilma e que tem em Michel Temer, Renan Calheiros e José Sarney seus
expoentes, quer colocar a máquina do partido para derrotar Marina no 2.º turno.
Em caso de vitória de Marina, esse grupo fala em dar os tradicionais 100 primeiros
dias de trégua ao seu governo para, nesse período, aguardar os sinais da
ex-ministra.
Prevê, porém, uma relação hostil. Justamente por onde a outra ala
planeja crescer. Geddel Vieira Lima, candidato ao Senado pela Bahia, tem
interesse em liderar esse movimento. Os aecistas do PMDB, em processo de
transfiguração para neo-marineiros, querem começar a emitir os sinais da adesão
ao fechar das urnas do primeiro turno.
Estão espalhados por Estados como Bahia,
Ceará, Paraíba, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro, prontos para deflagrar esse
processo. “Marina já sinalizou que abrirá o diálogo com os políticos. Temos
plenas condições de dar sustentabilidade e governabilidade a ela”, disse o
vice-líder da bancada da Câmara, Danilo Forte (CE).
Informações do Estadão
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