A probabilidade de um brasileiro de cor negra ou parda ser
assassinado no país é oito pontos porcentuais maior do que a de um não negro
(brancos e amarelos).
O dado é destacado pelo Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada (Ipea) em seu Boletim de Análise Político-Institucional, divulgado
nesta quinta-feira (17).
A consulta lembra que mais de 60 mil pessoas são
assassinadas no Brasil a cada ano e destaca que “há um forte viés de cor/raça
nessas mortes”.
Segundo o diretor de Estudos e Políticas do Estado, das
Instituições e da Democracia do Ipea, Daniel Cerqueira, que assina o
levantamento, o negro é discriminado duas vezes no Brasil: pela condição social
e pela cor da pele.
Os dados do estudo dão conta de que a taxa de homicídios
entre negros e pardos (36,5 por 100 mil) é mais do que o dobro do que entre não
negros (15,5 por 100 mil).
Como consequência do quadro, a perda de expectativa
de vida para negros devido à violência letal é 114% maior.
Informações: Bahia Notícias
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