De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, o governo deve
estabelecer um serviço de envio de mensagens por celular aos beneficiários do
Bolsa Família.
O anúncio foi realizado nesta terça-feira (21) pela ministra do
Desenvolvimento Social, Tereza Campello, no programa "Bom Dia
Ministro".
O objetivo é criar um canal de comunicação direta com os
beneficiários e tentar impedir que boatos causem transtornos como os do
último final de semana.
Uma informação falsa de que o Bolsa Família terminaria
fez com que milhares de pessoas fossem a agências da Caixa Econômica Federal e
lotéricas, causando tumultos em pelo menos 12 estados.
"Ontem (20) nós iniciamos um serviço também de mensagem
para os beneficiários do Bolsa Família que têm telefone. Estamos avaliando a
possibilidade de termos esse serviço para que a gente chegue rapidamente, com
informações precisas, ao beneficiário do Bolsa Família.
Hoje muita gente tem
celular", explicou a ministra. "A família tem telefone (celular)? Nos
passe essa informação. Ontem nós mandamos informação para as famílias, dando a
informação sobre o calendário (de pagamento), tranquilizando as famílias",
disse Tereza.
Investigações
A Polícia Federal começará as investigações sobre o
boatos pelas regiões Norte e Nordeste e a hipótese de que os boatos
tenham surgido na internet está descartada. A PF vai ouvir as pessoas que
realizaram os primeiros saques em agências da Caixa Econômica Federal e casas
lotéricas na tarde do último sábado (18).
O Palácio do Planalto foi
informado, através de relatórios, de que a onda de boatos começou no sábado
(18) por volta das 15h20, no "boca a boca" nas ruas, e só migrou
para a internet no fim da noite do mesmo dia.
Autoridades flagraram ao menos
cinco versões para os boatos: greve de servidores da Caixa; bônus de Dia das
Mães; repasse extra de R$ 300; fim do Bolsa Família e a suspensão temporária do
benefício em razão da visita do papa Francisco - este circulou sobretudo pela
região da Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro.
Ao jornal Folha de S.
Paulo, a Caixa negou que problemas técnicos em seu sistema tenham causado os
incidentes. A oposição no Congresso diz que cobrará explicações do governo
sobre essa hipótese.
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