O ano de 2024 está a caminho de se tornar o mais quente da
história, de acordo com a Organização Meteorológica Mundial (OMM). O relatório
“Atualização do Estado do Clima 2024”, divulgado nesta segunda-feira (11),
aponta temperaturas médias globais excepcionalmente altas nos últimos meses,
superando os recordes de 2023.
O anúncio foi feito no primeiro dia da Conferência das
Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP29), que ocorre em Baku, no
Azerbaijão. O documento emite um “alerta vermelho” sobre o avanço das mudanças
climáticas, impulsionadas por níveis recordes de gases de efeito estufa na
atmosfera.
A última década, de 2015 a 2024, já é oficialmente a mais
quente da história, segundo o relatório. Fenômenos como o derretimento de
geleiras, elevação do nível do mar e aquecimento dos oceanos estão se
intensificando, destacando os impactos acelerados do aquecimento global.
“A catástrofe climática está martelando a saúde, ampliando
as desigualdades, prejudicando o desenvolvimento sustentável e abalando as
fundações da paz. Os vulneráveis são os mais atingidos”, alertou o
secretário-geral da ONU, António Guterres, durante a abertura da conferência.
A COP29 reúne líderes mundiais, cientistas e ativistas para discutir medidas urgentes para combater a crise climática. Entre os temas prioritários estão a redução de emissões, o fortalecimento da resiliência climática e o financiamento de ações sustentáveis. O relatório da OMM reforça a necessidade de ações imediatas para conter os efeitos devastadores do aquecimento global.
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