Em noite sem brilho, a Seleção Brasileira ficou no empate em
1 a 1 com a Venezuela, nesta quinta-feira, na Arena Pantanal, em Cuiabá. A
partida era válida pela terceira rodada das Eliminatórias.
Assim como no duelo anterior, com o Peru, a bola parada teve
o potencial de decidir o resultado em favor do Brasil, mas dessa vez a falta de
eficácia e a defesa dispersa fizeram com que a seleção saísse de campo com um
tropeço diante de uma das equipes mais fracas das Eliminatórias Sul-Americanas
da Copa do Mundo de 2026.
Primeiro tempo mostra
Brasil fora do compasso
A seleção brasileira começou o duelo a todo vapor. Neymar
trouxe os holofotes da Arena Pantanal para si, com jogadas plásticas e fome de
gol. No entanto, erros de passe complicaram a produtividade ofensiva do Brasil.
Na bola parada, o time de Diniz levou mais perigo, mas ficou longe de apresentar
o futebol que se esperava da equipe completa, com Vini Jr., Neymar e Rodrygo
como grandes estrelas.
A pressa, incompreensível e desnecessária a essa altura do
campeonato, foi um nítido complicador no primeiro tempo. A seleção brasileira
se mostrou descoordenada: acelerava quando deveria ter paciência, diminuía o
ritmo no momento que precisa ser mais ágil e incisiva.
O Brasil não soube desencaixar a firme marcação venezuelana. A equipe “vinotinto” se fechava em uma linha de cinco ou seis jogadores e tentava encontrar espaço no contragolpe. A falta de eficiência da seleção deixou os nervos à flor da pele. Richarlison e Neymar estavam exaltados com atletas da Venezuela e o árbitro peruano.
Lateral: o tendão de
Aquiles da seleção brasileira
Com a Venezuela retrancada, havia necessidade de Arana e
Danilo se apresentarem em uma linha mais ofensiva para criar superioridade
numérica, fazer triangulações e tirar o conforto da defesa visitante. No
entanto, não se viu uma movimentação em consonância com o que o Brasil precisava
para balançar as redes.
As laterais foram uma pedra no sapato para Diniz nessa Data
Fifa. Dos quatro convocados originalmente, três foram cortados. O quarto se
machucou durante o jogo desta quinta. Danilo, que não fazia boa partida, saiu
de campo ainda na etapa inaugural após sentir uma lesão, dando lugar ao estreante
Yan Couto, de 21 anos.
Gabriel Magalhães faz
um, mas Bello decreta empate com golaço
Na volta do intervalo, o Brasil, antes mesmo de apresentar
soluções para os problemas detectados na primeira parte, inaugurou o placar aos
5 minutos. Em cobrança de escanteio de Neymar, o zagueiro Gabriel Magalhães
subiu de cabeça para balançar a rede do gol defendido por Rafael Romo.
Com o placar desfavorável, a Venezuela precisou se soltar
mais, dando mais espaço para os atacantes do Brasil criarem. A seleção
brasileira perdeu chances sequenciais, mas os visitante também levaram perigo a
Éderson. Estático, Richarlison não ajudou muito e foi substituído por Gabriel
Jesus. A posição de centroavante é uma que Diniz precisa revisitar e testar
novos atletas.
Os venezuelanos continuaram apostando na bola parada, e os
brasileiros, no contra-ataque. Soteldo, do Santos, deu outro ritmo para a
Venezuela e protagonizou as principais tentativas de ataque pela ponta
esquerda.
A insistência dos visitantes fez efeito. A marcação frouxa
de Gerson permitiu que Savarino encontrasse Bello na grande área. Ele emendou
uma meia-bicicleta e fez um golaço para decretar o empate em Cuiabá, aos 40
minutos.[
Próximos jogos de
Brasil e Venezuela
A seleção brasileira volta a jogar na terça-feira, às 21h,
diante do Uruguai, no Estádio Centenário de Montevidéu pela quarta rodada das
Eliminatórias Sul-Americanas. Já a Venezuela entra em campo mais cedo, às 18h,
para medir forças com o Chile, no Monumental de Maturín.
BRASIL x VENEZUELA
BRASIL: Éderson; Danilo (Yan Couto), Marquinhos, Gabriel
Magalhães e Guilherme Arana; Casemiro (André), Bruno Guimarães (Gerson) e
Neymar; Rodrygo, Vinícius Júnior (Matheus Cunha) e Richarlison (Gabriel Jesus).
Técnico: Fernando Diniz.
VENEZUELA: Rafael Romo; Alexander González, Yordan Osorio,
Wilker Ángel e Christian Makoun; Yangel Herrera (Cristian Cásseres), Tomás
Rincón (Junior Moreno), Samuel Sosa (Eduard Bello) e Darwin Machís (Yeferson
Soteldo); Sergio Córdova (Jefferson Savarino) e Salomón Rondón. Técnico:
Fernando Batista.
GOLS: Gabriel Magalhães, aos 5, Bello, aos 40 minutos do
segundo tempo.
ÁRBITRO: Kevin Ortega (PER).
CARTÕES AMARELOS: André, Richarlison, Rincón e Herrera.
PÚBLICO: 40.020 torcedores.
RENDA: R$ 12.746.150,00.
LOCAL: Arena Pantanal, em Cuiabá.
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