Após o Supremo Tribunal Federal (STF) ter negado o pedido de
habeas corpus preventivo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Partido
dos Trabalhadores (PT) afirmou que vai defender candidatura de Lula 'até as
últimas consequências'.
O petista é um dos pré-candidatos à Presidência e lidera as
pesquisas de intenções de voto em todos os cenários, segundo dados do
Datafolha.
No entanto, o UOL destaca que Lula se enquadra na Lei da
Ficha Limpa e, além disso, poderá ser preso depois de esgotados os recursos ao
TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região). Entenda aqui o processo. Mas a dúvida é: o ex-presidente ainda poderá ser candidato à
Presidência da República? Ele poderá ser eleito mesmo se estiver preso?
O especialista afirma ainda que o julgamento do STF não tem
influência direta sobre a possibilidade ou não de Lula ser candidato. Essa questão
deve ser analisada pela Justiça Eleitoral.
Enquanto não há pronunciamento definitivo da Justiça
Eleitoral sobre a condição de elegibilidade de um candidato, Lula poderá
continuar dizendo que será candidato e até registrar sua candidatura. O
ex-presidente ainda poderá iniciar a campanha eleitoral a partir de 16 de
agosto, se tiver apresentado o registro dela, conforme determina a lei.
Se o registro de candidatura de Lula for indeferido na
primeira instância da Justiça Eleitoral, o petista poderá prosseguir a campanha
normalmente, pois ainda cabe recurso ao STJ (Superior Tribunal de Justiça). "Até o trânsito em julgado [esgotamento de todos os
recursos] para o pedido de candidatura, ele poderá ser candidato, mesmo que
esteja preso", esclarece o professor.
"Ou seja, ele se candidata, faz campanha e pode
inclusive ir à votação se o processo da candidatura não transitar em julgado
antes das eleições", diz.
No entanto, se Lula tiver a candidatura indeferida pelo TSE
(Tribunal Superior Eleitoral), o STJ ainda pode dar ao petista uma liminar ou
uma decisão que o torne elegível novamente, assim, Lula poderá tomar posse como
presidente da República caso seja eleito.
De forma contrária, se o petista disputar as eleições e
ganhar, mas continuar inelegível mesmo após apresentar recurso ao STJ, serão
convocadas novas eleições.
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