A partir de junho deste ano, os condutores que renovarem a
carteira de motorista terão que passar por um curso teórico com exame para
atualizarem os seus conhecimentos.
De acordo com resolução do Conselho Nacional
de Trânsito (Contran), o curso de reciclagem será composto por dez aulas e,
para que os motoristas renovem a documentação, deverão obter um resultado
favorável de, pelo menos, 70% da prova.
A deliberação do Contran foi publicada na semana passada.
Além do curso e da prova, os condutores deverão se submeter aos exames de
aptidão física e mental, que já são obrigatórios. As mudanças começam a valer
no dia 6 de junho e serão aplicadas aos motoristas das categorias A (moto) e B
(carro).
As condições gerais do chamado Curso de Aperfeiçoamento para
Renovação da CNH são que os motoristas recordem as principais leis de trânsito,
normas de circulação e conduta, tenham conhecimento das sinalizações de tráfego
e ordem de prevalência no trânsito. Além disso, as aulas darão noções de
segurança e inspeção do veículo e vão revisar as infrações, penalidades e
medidas administrativas.
Os cursos, gratuitos, serão oferecidos pelo Denatran e os
departamentos de Trânsito (detrans) estaduais. As aulas terão duração de 50
minutos e poderão ser feitas presencialmente ou à distância. Neste caso, porém,
é preciso que o condutor conclua o curso em, no mínimo, cinco dias após a
matrícula.
Já as provas, obrigatoriamente presenciais, terão 30
questões de múltipla escolha, deverão ser feitas no prazo de uma hora, e só
serão aplicadas caso os motoristas tenham participado de todas as aulas do
curso. Se os condutores não passarem na prova, poderão fazer um novo exame três
dias depois de divulgado o resultado.
Segundo o Contran, estarão dispensados do aperfeiçoamento
apenas os motoristas que já tiverem passado por outros cursos especializados,
como os voltados para veículos de emergência, transporte de passageiros e
entrega de mercadorias.
O objetivo principal da mudança, de acordo com o Denatran, é
tornar os motoristas mais preparados para lidar com as situações de risco
enquanto dirigem. De acordo com o órgão, a redução dos elevados índices de
acidente de trânsito no país, responsáveis por elevados custos financeiros e
emocionais para o Estado e a sociedade, “passa, necessariamente, por um
processo de formação que possibilite termos condutores mais hábeis e conscientes
de suas obrigações e responsabilidades no trânsito”.
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